O mercado de tecnologia brasileiro foi pego de surpresa com o anúncio do fechamento da fábrica da Sony em Manaus, o que fez com que muito burburinho fosse criado sobre o lançamento de um dos produtos mais importantes do ano: o PlayStation 5. A redução da operação da companhia pode afetar o lançamento do console no Brasil?

Primeiro, a Sony deixou claro que, mesmo reduzindo sua presença no país, ainda terá representantes por aqui, que continuarão responsáveis pela distribuição dos produtos relacionados a jogos no Brasil. Ou seja: não será uma situação como a da Nintendo, que havia deixado o mercado nacional sem nenhum tipo de distribuição oficial até este ano.

Outra dúvida importante é relacionada a como isso pode influenciar o preço do PlayStation 5 no Brasil. Afinal de contas, já é esperado que os consoles de nova geração sejam caros, especialmente pela situação econômica e o dólar em patamares recorde.

A boa notícia em relação a isso é que mesmo quando a Sony produziu seus consoles no Brasil, ela não fazia isso em sua própria fábrica. Enquanto o PS4 foi montado no país, essa responsabilidade ficava com a Flextronics, uma outra montadora que continua operando nacionalmente e poderia assumir novamente a responsabilidade para produzir o PS5, mesmo sem a Sony por aqui, se a companhia achar interessante.

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Também é importante notar que a Sony chegou a anunciar a produção nacional do PS4, mas acabou desistindo durante a geração. A empresa lançou o console no país por R$ 4.000 apenas com unidades importadas e chegou a virar meme pelo alto valor em 2013. Em 2015, durante a E3, a companhia anunciou a produção local, que ajudou a reduzir o preço do console oficial, mas em 2017 a estratégia já havia sido revertida para importação novamente.

O que isso tudo significa? Que, pelo que tudo indica, nada muda no acesso dos brasileiros ao PlayStation 5. O PS4 já não era produzido no Brasil e, quando foi, não era montado na fábrica da Sony. O console será caro no Brasil, sim, mas também seria se tudo continuasse como era antigamente. A companhia também já havia demonstrado no início da geração passada a tendência de, pelo menos no primeiro momento, preferir a importação em vez da produção local.

Mas qual será o tamanho do golpe nos brasileiros interessados no PS5? Isso só será possível estimar na quarta-feira (16), quando a Sony realizará novo evento em que finalmente deve revelar os detalhes finais do console, inclusive o tão aguardado preço em dólares, que pode dar a primeira ideia sobre o quanto o videogame custará no Brasil. O custo real para o mercado brasileiro, no entanto, pode continuar desconhecido por mais algum tempo.