Seis pessoas foram acusadas de subornar funcionários da Amazon para restabelecer produtos e serviços banidos na plataforma, como informou a emissora americana CBS News. O esquema era movido por propinas de até US$ 100 mil e envolvia pelo menos 10 empregados do Marketplace.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os seis suspeitos burlavam as regras da Amazon para restaurar itens anteriormente proibidos no estoque. Os produtos incluíam eletrônicos, utensílios domésticos e suplementos dietéticos, alegam os promotores.

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“A vítima final dessa conduta criminosa é o consumidor, que obtém produtos inferiores ou mesmo perigosos que deveriam ter sido removidos do mercado”, afirmou o procurador-geral responsável pelo caso, Brian Moran.

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Fraudadores ofereciam propina em troca de vantagens no Marketplace da Amazon. Imagem: ymgerman/iStock

 

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Vantagem competitiva

O suposto crime se agrava quando analisada a conduta dos funcionários envolvidos. Segundo a acusação, eles revelaram informações sigilosas aos suspeitos, concedendo a eles uma vantagem competitiva em relação aos demais vendedores.

Os US$ 100 mil também compraram acesso aos procedimentos e algoritmos operacionais da Amazon. Deste modo, além de vender itens que não deveriam estar disponíveis, os criminosos conheciam técnicas para privilegiar seus produtos na plataforma.

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“Percebendo que não podiam competir em igualdade de condições, os sujeitos recorreram ao suborno e à fraude para obterem vantagem”, afirmou, à CBS, o agente do FBI, Raymond Duda. “O que é igualmente preocupante é que eles queriam não apenas aumentar as vendas de seus próprios produtos, mas também prejudicar seus concorrentes”. 

Em comunicado, a Amazon expressou repúdio às ações do “grupo limitado de agora ex-funcionários”, e garantiu que possui sistemas internos para detectar comportamento suspeito.

O crime será levado ao tribunal de Seattle, em Washington, no dia 15 de outubro. Os seis acusados podem ser condenados a cinco anos de prisão por suborno comercial e até 20 anos por fraude eletrônica. As consequências legais para os funcionários da Amazon não foram especificadas.

Via: CBS News