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O novo coronavírus (Sars-CoV-2) permanece ativo na pele por bem mais tempo do que se pensava, segundo pesquisadores da Universidade Distrital de Medicina de Kyoto, no Japão. A equipe analisou amostras de pele expostas ao vírus causador da Covid-19 e constatou que, ao contrário de estimativas posicionadas no começo da atual pandemia, ele pode permanecer ativo na pele por até nove horas.
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No começo do ano, análises especulativas feitas por cientistas norte-americanos afirmavam que o novo coronavírus tinha uma “vida útil” de até quatro horas em superfícies de cobre, 24 horas em papelão e similares, e 72 horas em aço inoxidável. Entretanto, não era possível determinar a sua duração na pele humana por razões éticas: não é a melhor ideia expor um vírus de capacidades letais ao corpo, convenhamos.

Novo coronavírus tem sobrevivência prolongada quando está em contato com a pele, aumentando risco de infecção por contato. Imagem: PIRO4D/Pixabay
O que os cientistas japoneses fizeram, então, foi criar um modelo artificial de pele usando amostras de cadáveres com até 24 horas de óbito, vindas de autópsias. Segundo eles, a pele de uma pessoa morta dentro deste período ainda é utilizável, por exemplo, em enxertos e outros procedimentos médicos, então muitas de suas funções “vivas” são retidas dentro de um dia, perdendo-se gradativamente.
Ao expor o modelo criado ao Sars-CoV-2, os pesquisadores concluíram que ele sobreviveu normalmente na superfície por 9,02 horas. Para se ter uma base comparativa, o vírus IAV (Influenzavírus A, um tipo mais forte de gripe) sobrevive na pele por cerca de duas horas. Mais além, quando o novo coronavírus se misturava a secreções mucosas – como tossir na palma das mãos, por exemplo -, esse número aumentou para mais de 11 horas.
“Este estudo mostra que o Sars-CoV-2 pode trazer um risco bem mais alto de transmissão por contato direto do que o IAV por ser muito mais estável sobre a pele humana”, disseram os autores no jornal de Doenças Infecciosas Clínicas, em 3 de outubro. “Estas conclusões apoiam a hipótese de que a higiene sanitária das mãos é muito importante na prevenção e disseminação do Sars-CoV-2”.

Ainda que a sobrevivência do vírus na pele seja prolongada, cientistas seguem afirmando que o uso do álcool em gel o inutiliza completamente em questão de segundos. Imagem: iStock/Reprodução
Importância do álcool em gel
Felizmente, a solução para tal já vem sendo praticada desde o início da pandemia. Tanto o Sars-CoV-2 como o Influenzavirus A foram totalmente neutralizados após o uso de álcool em gel com pelo menos 80% de etanol.
Após a aplicação do líquido sanitizante, o coronavírus “morreu” em cerca de 15 segundos. “A higiene apropriada das mãos leva à inativação viral rápida [do vírus] e pode reduzir o alto risco de infecções por contato direto”, concluíram os cientistas.
Os responsáveis pelo estudo ressaltaram que não o conduziram com base na “quantidade infecciosa” do novo coronavírus, ou seja, o volume necessário do Sars-CoV-2 para causar a Covid-19 em uma pessoa, então estas conclusões podem ser revisitadas no futuro.
Fonte: Live Science