O Facebook forçou a retirada do ar de um website pertencente a um grupo crítico à sua postura perante processos eleitorais. A alegação é de que o registro do domínio (realfacebookoversight.org) fere a utilização da marca registrada pela rede.

O Real Facebook Oversight (RFOB) se consolidou como um dos principais grupos de oposição às ações da rede de Mark Zuckerberg, principalmente na influência de pleitos no mundo inteiro. Como seu nome indica, ele propõe realizar uma “supervisão real”, em alusão a comissão de supervisão interna da empresa.

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A principal pauta do grupo é a influência do Facebook, e de outros aplicativos pertencentes ao conglomerado, em eleições por todo o mundo. De acordo com seus membros, que são em sua maioria ativistas, advogados e jornalistas, a rede social teria noção de que seu algorítimo vem influenciando em decisões majoritárias e não teria tomado ações sobre o fato.

A organização ganhou corpo e popularidade, e de acordo com apuração da Vice, o Facebook tentou agir pela derrubada de sua presença digital. Representantes da rede social entraram em contato com o provedor que hospeda o website, pedindo a retirada de todo seu conteúdo, alegando a utilização inadequada da marca no registro do domínio.

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Por fim, o domínio foi suspenso por uso ilegal de marca registrada, com “intuito de personificar o conglomerado de redes sociais americanas”, de acordo com  um e-mail recebido por Carole Cadwalladr, jornalista e participante da organização.

Cadwalladr criticou abertamente a postura do Facebook na ação. “Há um descaramento em ação aqui. Não é apenas que uma empresa que usou a ‘liberdade de expressão’ como uma capa protetora iria atrás de nosso ISP e nos expulsaria da Internet, mas seu porta-voz oficial responde a essas críticas atacando e perseguindo jornalistas.”

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Facebook nega ação de censura

O Facebook se pronunciou por meio de um porta-voz afirmando que a denúncia não teria partido do departamento legal da rede social. “Este site foi sinalizado automaticamente por um fornecedor porque continha a palavra ‘facebook’ em seu domínio, e uma ação foi tomada sem nos consultar”.

Em sua matéria, a Vice também confirma que o Facebook pediu a anulação da suspensão por meio de um e-mail enviado ao provedor do website. A conexão foi reestabelecida e o acesso à página está normalizado.

Fonte: Vice