Na última terça-feira (20), especialistas, entusiastas e trabalhadores da indústria de tecnologias de redes móveis se reuniram virtualmente para debater as aplicações e especificidades das redes 6G, no evento 6G Symposium. Nele, o vice-presidente de engenharia da Qualcomm, John Smee, disse que a 3GPP, organização de engenheiros para a padronização de redes móveis, acredita que as redes móveis 6G ficarão prontas em 2027.
Segundo ele, a primeira especificação técnica referente à sucessora do 5G deve ser publicada no mesmo ano. Durante o painel do evento, os especialistas também apresentaram um cronograma de implantação. No entanto, apenas em 2030 a tecnologia será comercializada entre operadoras e distribuidoras de internet.
Enquanto isso, o Brasil ainda segue com alguns problemas referentes ao leilão de espectro para as redes 5G atualmente.
Essas metas ainda podem ou não passar por alterações, mas, de acordo com Mazin Gilbert, vice-presidente de automação de análise de redes da AT&T, existem objetivos que já estão prontos para serem atingidos. Para ele, a rede móvel 6G deve entregar conectividade com velocidade até 100 vezes maior que a média registrada pela tecnologia 5G.
Recursos para implantação
A rede 6G será implementada em cima das redes 5G, trabalhando com mais frequências e se conectando a dispositivos e smartphones com Inteligência Artificial para que sejam capazes de entregar mais qualidade de conexão. Já a sua topologia será uma forma de evolução do 5G que, inevitavelmente, desagregará os softwares de gestão dos serviços e o hardware da rede outrora.
De acordo com o pesquisador Walid Saad, o 6G vai ajudar a consolidar a migração de um modelo de Big Data para as tecnologias móveis que, atualmente, trabalham sob a operação de Small Data. A necessidade de antenas para suportar a tecnologia também será tão importante que, nos próximos anos, aparelhos e paredes serão produzidos com materiais que consigam irradiar facilmente o espectro necessário para permitir a conectividade.
Via: TeleSíntese