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No começo de outubro, os astrônomos Samuel Cabot e Gregory Laughlin, da Universidade Yale, publicaram um estudo que investiga uma teoria bastante intrigante, que sugere que pedaços de Vênus podem ter ido parar na Lua.
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Oss pesquisadores descobriram que asteroides e cometas que colidiram com Vênus podem ter desalojado até dez bilhões de rochas, colocando-as em órbita e fazendo com que chegassem à Lua.
“Se Vênus já teve uma atmosfera rarefeita, então esperaríamos encontrar uma certa quantidade de fragmentos na Lua”, disse Cabot, membro do Departamento de Astronomia de Yale e principal autor do estudo.
Além disso, o estudo oferece novas informações que corroboram as afirmações de que o planeta pode ter tido uma atmosfera bastante semelhante à da Terra há bilhões de anos. No entanto, isso não durou muito, já que, pouco tempo depois, adquiriu seu estado atual – denso por conta da alta concentração de dióxido de carbono e com a presença de nuvens ácidas.
Condução do estudo
A investigação teve início como um projeto idealizado por Cabot, no qual alunos de graduação do departamento de astronomia se juntam a um orientador, conduzem pesquisas em uma área de interesse e exploram a diversidade de oportunidades de estudo.
No caso de Cabot, Laughlin foi seu orientador. Juntos, eles foram inspirados pelo recente ressurgimento do interesse na exploração espacial, em especial as missões à Lua – como o Programa Artemis da Nasa.
Com a próxima missão tripulada ao satélite natural da Terra marcada para 2024, os pesquisadores queriam investigar o que poderia ser aprendido sobre Vênus observando o solo lunar. No entanto, eles enfrentaram alguns obstáculos iniciais, como o fato de não saberem por onde começar.
A questão de saber se poderia haver pedaços de Vênus na Lua é enganosamente simples. Respondê-la é muito mais complicado do que parece.

Acredita-se que há pedaços de Vênus em solo lunarFoto: Whitelion61/ Shutterstock
Durante o estudo, Cabot e Laughlin tiveram de se perguntar se estavam usando a física, os processos e as ferramentas adequadas para responder à pergunta e verificar se suas descobertas eram consistentes com o que era fisicamente possível.
Resultado
Por fim, após diversos obstáculos, eles descobriram que é fisicamente viável que pedaços de Vênus tenham acabado na Lua. Isso foi possível ao assumir, como já citado, que o planeta já foi semelhante à Terra.
Cabot explicou, no entanto, como seu trabalho e o de Laughlin foi apenas teórico, já que os resultados ainda precisam ser confirmados. Segundo ele, é possível que nenhum fragmento seja encontrado em solo lunar, mas que, de qualquer forma, isso vai servir para fornecer informações sobre a espessura da atmosfera de Vênus e se já conteve água líquida.
Esses dados serão bastante importantes para lançar uma luz sobre a misteriosa história de Vênus. Saber mais sobre o passado do planeta pode ajudar pesquisadores a entender melhor o que aconteceu com o local e por qual motivo suas características físicas divergiram significativamente das da Terra desde sua formação.
“Estamos bastante confiantes de que Vênus tem uma atmosfera de massa baixa em sua história, e que muitos asteroides e cometas colidiram com ele. Mas entender exatamente o que aconteceu é um dos nossos maiores desafios. Os próximos passos são encontrar a impressão digital correta de Vênus e identificar o que é necessário para identificar seus pedaços que podem estar vagando pelo espaço”, finaliza Laughlin.
Via: Yale Daily News