Atualmente, é relativamente simples conseguir configurar uma nova rede em casa. Basta investir em um roteador e, algumas configurações extras depois, o sinal de internet já pode ser distribuído via Wi-Fi. No entanto, no caso das redes móveis, não basta ter um simples conjunto de hardware para tudo funcionar.

De maneira geral, esse tipo de conexão demanda uma infraestrutura complexa, além de equipamentos diferenciados para tudo funcionar. Sendo assim, até então, era praticamente inviável para um cliente comum investir nesse segmento para criar redes 4G ou 5G voltadas para uso privado ou até corporativo.

Em busca de soluções para diminuir os custos de implementação de novas redes móveis, a norte-americana FreedomFi apostou no ‘Magma’, uma plataforma de código livre especializada em distribuição de pacotes. A ideia é disponibilizar uma alternativa segura, barata e estável para quem pretende investir nesse setor, mas possui um orçamento limitado.

Imagem: Fabian Horst/Wikimedia Creative CommonsPara diminuir gastos, a companhia optou pelo uso de software livre e rádios de transmissão mais simples do que os utilizados por grandes operadoras. Imagem: Fabian Horst/Wikimedia Creative Commons

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O projeto já está em oferta em fase de testes. O kit inicial pode ser adquirido direto no site da FreedomFi por quem estiver disposto a investir U$ 300 (R$ 1.725). Quem contribuir com essa quantia, terá a sua disposição acesso à frequência de rádio de 3.5 GHz na provedora CBRS (Citizens Broadband Radio Service), além de um gateway da empresa para interligar dispositivos na mesma rede.

A companhia oferece tanto o conjunto completo, que inclui: gateways, rádios para transmissão de sinal e chips do tipo SIM, até pacotes mais simples. Tudo vai depender da necessidade de estrutura pensada pelo cliente final.

Como funciona?

Para conseguir ter uma rede operacional, tanto no caso do 4G LTE como do 5G, a FreedomFi estima que seja necessário investir cerca de U$ 5.000, praticamente R$ 30.000. Em termos de compatibilidade, a companhia destaca que trabalha com protocolos de rede que funcionam com praticamente todos os smartphones e dispositivos móveis fabricados de 2018 em diante.

Segundo Joey Padden, co-fundador da empresa, o mercado de pequenos empreendedores no setor de tecnologia 5G pode crescer em até 40% nos próximos sete anos, e logo será um nicho bastante competitivo e inovador no futuro. Já Boris Renski, presidente da FreedomFi, declarou: “No fim das contas, isso não é apenas sobre carregar vídeos mais rápidos, é sobre conectar o próximo bilhão de pessoas em regiões geográficas emergentes”.

Outras empresas também estão aderindo ao projeto, é o caso da provedora WiConnect Wireless. A empresa que opera na área rural do estado de Wisconsin, EUA, está disposta a investir na ideia para expandir sua cobertura de redes móveis nos próximos anos.

Fonte: Zdnet