Engenheiros da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, apresentaram um projeto bastante curioso. Chamado de “Smellicopter”, algo como “Odorescóptero” em tradução literal, o projeto é uma espécie de drone que usa antenas de mariposa como sensores para identificar odores.


A escolha curiosa foi feita após os pesquisadores não conseguirem utilizar a tecnologia dos sensores químicos existentes com precisão. Para resolver a questão, eles decidiram reaproveitar a biologia presente no mundo. Para isso, extraíram as antenas de uma mariposa da espécie Manduca sexta e as acoplaram a um sensor de análise usando alguns fios.


Isso, segundo os engenheiros, fez com que eles tivessem “o melhor dos dois mundos: a sensibilidade de um organismo biológico em uma plataforma robótica onde podemos controlar seu movimento”. A ideia é que a invenção possa ser usada para detectar vazamentos de gás e explosivos.


Em testes realizados, a invenção teve um desempenho melhor do que os resultados obtidos com sensores tradicionais. As células da antena, quando despertas por partículas ao redor, criam um sinal rápido, confiável e preciso de que há algo presente no ar. Em teoria, reprogramar essas sensibilidades para outras detecções pode ser viável, embora muito difícil.

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O pequeno drone possui uma engenharia inteligente que mantém a antena apontada contra o vento. Embora talvez os sensores de pressão e giroscópios pudessem fazer esse trabalho, a equipe preferiu adotar uma abordagem mais prática ao implementar duas hastes na parte traseira que funcionam para virar o drone automaticamente contra o vento.


Apesar dos resultados promissores, a criação não passa de um protótipo. A sensibilidade e a simplicidade com que o projeto foi feito pode atrair diversos clientes em potencial, como a indústria militar – que pode utilizar o drone para detectar explosivos em campos de batalha.

Via: TechCrunch