Um grupo de pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, localizada em Pittsburgh, nos Estados Unidos, utilizou metal líquido para criar uma espécie de “pele mecânica” capaz de conduzir eletricidade e se recuperar de danos físicos.

Partes separadas do composto, feito de uma liga de gálio e índio, conseguem se fundir de forma semelhante à cicatrização cutânea, possibilitando a criação de circuitos mais resistentes e super adaptáveis, que podem até ser apagados e refeitos.

Os cientistas do Soft Machines Lab, coordenados pelo professor de engenharia mecânica Carmel Majidi, dizem ser possível usar a tecnologia em géis e outros polímeros, e o material ainda pode ser impresso em 3D.

Uma aplicação possível para a pele mecânica é na geração de energia através de movimento humano com equipamentos eletrônicos vestíveis, os chamados wearables, de maneira similar ao processo em que se obtém eletricidade ao esfregar um balão no cabelo de uma pessoa.

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Por serem altamente condutivos, os metais líquidos conseguem produzir grandes quantidades de energia, e a liga desenvolvida por Majidi e sua equipe possui uma vantagem, por ser mais segura do que outras alternativas, como o mercúrio.

Um exemplo disso é que o tecido condutivo foi integrado a um calção esportivo, e a energia obtida por meio do movimento do usuário conseguiu energizar um sensor termo-higrômetro com tela digital, algo feito pela primeira graças ao composto de gálio e índio.

Para além do vestuário, os integrantes do Soft Machines Lab acreditam que a pele mecânica pode ser utilizada na robótica bioinspirada, na interação humano-computador, em tecnologias vestíveis e em células solares.

Fonte: Phys.org