Além de marcar mais um passo decisivo na tentativa de recuperação judicial da companhia — iniciada em 2016 —, o leilão da rede móvel da Oi desta segunda-feira (14) deverá ser um capítulo importante na história do mercado brasileiro de telecomunicações.

Ao que tudo indica, a oferta será arrematada pelo consórcio formado pelas rivais TIM, Vivo e Claro, cuja proposta gira em torno dos R$ 16,5 bilhões. O lance do trio desbancou a Highline da jogada, que corria pelas beiradas para comprar a rede móvel da Oi.

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Com a confirmação da venda da Oi Móvel para o consórcio formado pelas rivais, uma nova configuração das empresas de telecomunicações frente ao mercado brasileiro será estabelecida.

De acordo com consultoria da Omdia, a Vivo aumentará sua participação de 33% para 37%, a TIM vai de 23% para 32% e a Claro irá de 26% para 29%. A Oi, atualmente com 16%, sairia do segmento móvel e os outros 2% seguiriam nas mãos de operadores regionais.

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Fachada da empresa TIM
Integrante do consórcio, TIM deverá ficar com a maior fatia da rede móvel da Oi. Foto: Robson90/Shutterstock

É provável que a TIM fique com a maior fatia da rede móvel da Oi, evitando possíveis atritos regulatórios de competitividade no mercado. “Na divisão, a tendência é que o operador com menor participação de mercado em cada região fique com os ativos da Oi naquele pedaço”, diz Ari Lopes, da Omdia.

Apesar das porcentagens exatas referentes a partilha projetada pelo consórcio não serem divulgadas, a carteira de clientes das operadoras em cada região deverá ser um dos elementos considerados na divisão. O domínio de uma das teles frente às outras poderia ser questionada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

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Outro ponto será a quantidade de frequência de cada companhia, tendo em vista que este fator pode designar a capacidade de cobertura e a qualidade de serviço das empresas.

Via: Uol