O presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que promete incentivos à Internet das Coisas. A expectativa é que a medida aqueça o setor, torne a tecnologia mais barata, traga investimentos para o Brasil e gere mais de 10 milhões de empregos nos próximos anos, segundo o Ministério das Comunicações.

A lei zera os impostos incidentes sobre as estações de telecomunicações que integram sistemas de comunicação máquina a máquina, e também dispõe sobre regras para licenciamento desses equipamentos junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“Com a medida, a expectativa é de que o Brasil seja uma das grandes potências globais no mercado de Internet das Coisas. Outro aspecto positivo é que a desoneração incentive o desenvolvimento de dispositivos com a tecnologia 5G”, destacou o ministro das Comunicações, Fábio Faria.

A Lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2021, com benefícios tributários até 2025.

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O potencial da Internet das Coisas

A grande mudança que a Internet das Coisas (IoT, Internet of Things) trará para a vida das pessoas está além da facilidade de se preparar um café, programar um banho quente ou economizar na conta de luz.

Dar conectividade a objetos e abrir espaço para comandos inteligentes em inúmeras tarefas do dia a dia é um dos principais propósitos de IoT. Mas não é só isso. Internet das Coisas significa aumentar a produtividade no trabalho, melhorar a mobilidade urbana e as condições de segurança pública e privada, agilizar processos e muito mais.

Atualmente falamos com naturalidade sobre cidades inteligentes. Grandes metrópoles já utilizam IoT para integrar ações de segurança, transporte, saneamento, saúde e educação. Um exemplo muito interessante é San Diego, nos Estados Unidos.

Lá, uma rede de dispositivos conectados emite dados frequentes sobre clima, iluminação, som, trânsito e estacionamento para uma plataforma em nuvem, a partir da qual desenvolvedores podem criar aplicações com diversos objetivos: aumentar a eficiência no consumo de energia, monitorar perigos e desastres naturais, melhorar o transito e também apoiar na prevenção e monitoramento de crimes.

No Brasil, barreiras importantes como preço e conectividade devem atrasar a popularização da tecnologia. A conectividade irá realmente atingir seu pleno potencial quando as redes 5G estiverem presentes em todos os ambientes do nosso dia a dia. Porém, o preço da tecnologia, como no passado, irá depender de ganhos de escala, que devem ocorrer nos próximos anos no mundo e consequentemente no Brasil.

Fonte: Agência Brasil