Até então, o novo coronavírus não havia sido identificado em todos os continentes da Terra. No entanto, isso acaba de mudar. Agora, o vírus foi detectado na Antártica – único lugar do mundo em que não havia casos da doença. Ao todo, trinta e seis trabalhadores locais foram contaminados.

Os indivíduos, que são funcionários da base General Bernardo O’Higgins Riquelme do Chile, foram os primeiros do continente diagnosticados com a doença. Com a confirmação dos infectados, uma notícia de setembro, publicada pela Associated Press, se tornou ultrapassada. Na ocasião, pesquisadores descreveram o continente como uma espécie de “pequena bolha segura”.

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De acordo com a Newsweek, os infectados estão divididos em dois grupos. Vinte e seis são membros do exército chileno. Os outros dez são funcionários da área de manutenção, terceirizados pela base O’Higgins – como o local é conhecido popularmente.

Como medida de segurança, todos os infectados foram levados para outro local – Punta Arenas, no Chile – onde estão isolados, mas que, segundo o exército chileno, passam bem. Para substituí-los, uma nova equipe foi enviada à base. Antes de assumirem as funções, todos realizaram testes que tiveram resultado negativo.

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Segundo Hanne Nielsen, da Universidade da Tasmânia, apesar de não haver residentes permanentes na Antártica, os grandes grupos de cientistas que trabalham a todo o momento, caso sejam infectados, podem afetar o “planejamento e a logística da atividade humana no continente até a tomada de decisões de alto nível”.

A questão é que, como a Antártica é um continente isolado, longe de qualquer serviço de saúde, os riscos são muito altos. Além disso, há uma preocupação cada vez maior de que a infecção humana possa afetar diretamente a vida selvagem do local.

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Mesmo com as vacinas começando a ser disponibilizadas, o turismo é outro fator preocupante, já que, ao que aprece, os serviços de viagens planejam retomar as atividades para a temporada do próximo ano – principalmente em dezembro, quando ocorre um eclipse solar total, fenômeno que deverá ser visto apenas da Antártica.

Via: GizModo