Quibi pode vender seu conteúdo de streaming para Roku

Serviço de streaming fechou em outubro de 2020 sem grande audiência, mas boatos de compra reacenderam interesse pela marca
Por Rafael Arbulu, editado por Liliane Nakagawa 04/01/2021 11h12, atualizada em 04/01/2021 14h43
Quibi e Roku
Imagem: Olhar Digital/Reprodução
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O Quibi, plataforma de streaming de séries e filmes que fechou as portas em 2020, pode estar em vias de ser adquirido pela Roku, de acordo com reportagem do Wall Street Journal. Segundo as fontes do diário, cujos nomes foram omitidos devido à sua proximidade com as negociações, as conversas já estão em fase avançada.

Caso você não se lembre, o Quibi era um serviço de streaming de produções curtas – como séries com episódios de 10 minutos ou menos de duração -, para ser reproduzido especificamente em dispositivos mobile. Pense que, em vez de ouvir uma música durante uma viagem de ônibus, você ligaria o Quibi para maratonar uma série.

Quibi: #FreeRayshawn
Pôster da série “#FreeRayshawn”, exclusividade da Quibi que pode chegar ao Roku. Imagem: Quibi/Divulgação

Liderado por Meg Whitman (ex-CEO da Hewlett-Packard) e Jeffrey Katzenberg (ex-chairman da Disney), o Quibi chegou até a obter investimento de quase US$ 2 bilhões, mas nunca atingiu a popularidade almejada, fechando as portas e paralisando operações em outubro passado.

O serviço chegou a criar séries interessantes, como “The Most Dangerous Game” (estrelada por Liam Hemsworth e Christopher Waltz) e “#FreeRayshawn” (que tinha Lawrence Fishburne no elenco).

Se real, a negociação poderia dar um impulso interessante à Roku. A empresa já vende o dispositivo de streaming mais popular dos Estados Unidos, que exibe conteúdo de outras empresas do setor. Entretanto, a marca vem flertando com a oferta de conteúdos próprios – e uma aquisição da biblioteca de produções originais da Quibi certamente a colocaria em um bom patamar em relação à concorrência. No Brasil, a Roku está presente como um app embutido em smart TVs da AOC.

Os detalhes da suposta negociação — tais como preços de compra, prazos e outras informações referentes ao acordo — não foram revelados. Até o momento, nenhuma das duas empresas comentou o caso.

Fonte: Wall Street Journal

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Liliane Nakagawa é redator(a) no Olhar Digital