O dfndr lab, laboratório de segurança digital da PSafe, revela que mais de 5 milhões de brasileiros foram vítimas de clonagem de WhatsApp em 2020. Somente em setembro, foram 500 mil casos. Entre os Estados mais afetados, São Paulo está na frente com quase 72 mil atacados. O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar, com 39,5 mil usuários clonados, e Minas Gerais vem em terceiro, com 28,7 mil atingidos.

O diretor do dfndr lab, Emilio Simoni, explica que o golpe começa antes de o cibercriminoso ter acesso ao WhatsApp da vítima. “Temos identificado diversos perfis falsos nas redes sociais. Muitos, inclusive, se passam por empresas na tentativa de ganhar a confiança das pessoas.”

WhatsApp
Mensagens falsas atraem novas vítimas para o golpe de clonagem do WhatsApp. Imagem: Alex Ruhl/Shutterstock

Nos perfis falsos, os golpistas tentam simular o visual e a linguagem utilizados pela marca original. “É normal que os criminosos entrem em contato pelos chats das redes sociais. Lá, se passam pelo suporte de empresas ou inventam falsas promoções e pesquisas. Com isso, conseguem as informações necessárias para aplicar o golpe.”

Por isso, Simoni recomenda prestar muita atenção sempre que o perfil de uma marca entrar em contato pelas redes sociais. “Evite passar seu número de celular ou códigos recebidos no celular em abordagens desse tipo”, recomenda.

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Como a clonagem acontece?

Em um primeiro contato, o golpista tenta convencer a vítima a passar seu código de autorização. Com ele, é possível ter acesso ao WhatsApp. Quando entra na conta da vítima, é comum que passe algum tempo estudando as mensagens antes de começar a se comunicar com os contatos.

Em seguida, o criminoso inicia conversas para solicitar favores financeiros. No vídeo a seguir, do canal dfndr Brasil, é possível conferir como o golpe acontece.

E esse não é o único risco desse golpe. “Ao ter acesso à conta da vítima, o golpista pode ler tudo que ela compartilhou ou recebeu. Isso inclui dados pessoais, informações sigilosas da empresa em que trabalha, fotos e documentos.”

Simoni explica que ter acesso a esse tipo de conteúdo “abre um leque de opções para que os cibercriminosos façam chantagem e apliquem outros golpes com os dados da vítima”.

Como se proteger?

O diretor da dfndr lab recomenda alguns cuidados para quem quer evitar ser vítima desse tipo de golpe. Acompanhe!

  • Instale um aplicativo de segurança capaz de identificar tentativas de clonagem de WhatsApp no seu smartphone. O dfndr security, por exemplo, — disponível para Android e iOS — envia notificações sempre que alguém tenta acessar o WhatsApp de forma indevida.
  • Utilize a autenticação em dois fatores do mensageiro. Esse recurso cria uma barreira de segurança para manter os cibercriminosos longes da conta.
  • Fique atento à presença do selo de verificação oficial nos perfis de marcas famosas nas mídias sociais.
  • Nunca informe seus dados pessoais ou códigos recebidos em seu celular a terceiros.
  • Evite deixar o celular desbloqueado perto de desconhecidos. Isso permite que alguém se conecte à sua conta pelo WhatsApp Web.

Para verificar se alguém está acessando seu WhatsApp pelo computador, clique nos três pontos no canto superior direito do aplicativo. Ali, selecione WhatsApp Web para ver a tela a seguir:

Se houver algum aparelho desconhecido com sessão ativa na conta, o nome do dispositivo vai aparecer. Para desconectá-lo, toque na opção Desconectar de todos os aparelhos.

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