Covid-19: ritmo de contágio no Brasil cai, mas continua alto

Brasil registrou uma leve queda na taxa de contágio da Covid-19 na última semana, de 1,08 para 1,03 - ainda dentro da margem de erro
Por Renato Mota, editado por Daniel Junqueira 03/02/2021 17h33, atualizada em 03/02/2021 17h53
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Jair Ferreira Belafacce/Shutterstock
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O monitoramento que o Imperial College de Londres vem fazendo da taxa de contágio (Rt) da Covid-19 no Brasil registrou uma leve queda na última semana, de 1,08 para 1,03 – dentro da margem de erro, que vai de 0,94 a 1,11. Isso significa que 100 pessoas contaminadas pelo Sars-Cov-2 infectam, em média, outras 103 pessoas, e assim a pandemia cresce.

O cálculo do ritmo de contágio da Covid-19 no Brasil pelo Imperial College foi feito a partir das estatísticas brasileiras compiladas até a última segunda-feira (1º). Na última semana, o país contabilizou 7.423 mortos, com uma projeção de 6.980 a 8.500 novos óbitos para esta semana, segundo o estudo.

Esses números colocam o Brasil na segunda colocação entre os países com maior projeção de mortos, atrás apenas do México, que pode ter entre 9.050 e 11.200 novos óbitos. Entre os 74 países avaliados não estão inclusos os Estados Unidos, que lidera as mortes em números absolutos, de acordo com o levantamento da Universidade John Hopkins.  

Em um outro estudo do Imperial College, levando em conta dados da pandemia da Covid-19 até o dia 24 de janeiro, a demanda por leitos hospitalares em fevereiro deve cair de 33.496 pacientes que necessitam de tratamento com oxigênio de alta pressão para 30.706. Este cenário não leva em conta nenhuma outra intervenção introduzida no País.

Gráfico do Imperial College
Projeção de demanda por leitos hospitalares e por UTIs no Brasil em três cenários: se nada mudar (verde), se as medidas de intervenção se intensificarem (azul) e se houver relaxamento (vermelho). Imagem: Imperial College/Reprodução

Da mesma forma, a demanda por leitos de cuidados intensivos (UTI) mudará de 12.362 pacientes necessitando de tratamento com ventilação mecânica para 10.283. “Essas projeções assumem que aproximadamente 5% de todas as infecções exigirão tratamento com oxigênio de alta pressão e que aproximadamente 30% dos casos hospitalizados exigirão tratamento com ventilação mecânica”, explica o Imperial College.

Caso medidas de intervenção sejam ampliadas, o estudo indica que o número diário de infecções pela Covid-19 mudará de 255.445 para 20.996. Já se as medidas atuais forem relaxadas em 50%, os especialistas britânicos estimam que o número diário de infecções sobe de 255.445 para 1.023.948 até o fim de fevereiro.

Via: UOL

Redator(a)

Renato Mota é redator(a) no Olhar Digital

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Daniel Junqueira é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Iniciou sua carreira cobrindo tecnologia em 2009. Atualmente, é repórter de Produtos e Reviews no Olhar Digital.