O conglomerado Alphabet, que controla, entre outras empresas, o Google, anunciou seus resultados trimestrais referentes aos últimos meses de 2020. Os números não poderiam ser melhores para a companhia: as receitas atingiram um patamar recorde para a companhia, empurradas em boa parte pela pandemia de Covid-19.

Durante o trimestre final de 2020, a Alphabet teve receitas na casa de US$ 56,9 bilhões, trazendo um lucro operacional para a companhia de US$ 15,7 bilhões. Quando se olha para o ano inteiro de 2020, a companhia trouxe receitas no patamar de US$ 182,5 bilhões e lucro de US$ 41,2 bilhões.

No início da pandemia, o Google havia observado uma queda nos gastos com publicidade, o que fazia sentido com tantas empresas fechando as portas. No entanto, o mercado deu uma virada no fim do ano, com o comércio eletrônico investindo pesado em anúncios para direcionar tráfego para suas lojas online, especialmente no período de festas. Como nota a Reuters, o crescimento fez com que as perdas relativas aos anunciantes ligados às indústrias de entretenimento e viagem fossem anuladas.

Uma parte desse sucesso veio do crescimento das receitas com o YouTube. A plataforma de vídeos trouxe US$ 6,9 bilhões para os cofres da Alphabet durante o último trimestre do ano passado, um salto de mais de 45% na comparação com os últimos três meses de 2019.

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No entanto, nem tudo no trimestre foi positivo. Boa parte das receitas com publicidade foram usadas para abater um prejuízo severo trazido pela divisão de computação em nuvem da companhia, que viu perdas de US$ 1,24 bilhão no último trimestre do ano passado. Durante o ano inteiro de 2020, o acumulado foi de US$ 5,6 bilhões em prejuízo.

A parte de “Outras Apostas” da Alphabet, que inclui vários projetos menores do conglomerado, também continua a ser um sifão de dinheiro do Google. A unidade trouxe um prejuízo de US$ 1,1 bilhão no trimestre, ou de US$ 4,5 bilhões acumulados ao longo de todo o ano de 2020.

Agora a questão é como a Alphabet se sairá com o cenário de 2021. A economia global continua afetada pelo coronavírus, mas a distribuição de vacinas contra a Covid-19 pode causar uma mudança de panorama ao longo do ano.