O Google decidiu trazer alguns recursos importantes de saúde a alguns dos seus celulares. A empresa anunciou nesta quinta-feira (4) que os aparelhos da linha Pixel serão capazes de fazer a leitura de informações como o ritmo de batimento cardíaco do usuário. O recurso também deve ser incorporado ao Android e disponibilizado a outras marcas de celular no futuro.

A medição será feita por meio do aplicativo Google Fit. Ao abrir o app, o usuário poderá colocar o dedo sobre a lente da câmera, que pode reconhecer mudanças minúsculas nas cores sob sua pele para calcular se os seus batimentos cardíacos estão em um ritmo normal ou acelerado, por exemplo.

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O método não é inovador, nem de longe, mas é bom ver que ele se tornará acessível a mais pessoas. Como aponta o site Engadget, alguns celulares da Samsung já traziam um sensor dedicado em 2014 para monitorar batimentos cardíacos utilizando exatamente este método de leitura. Também há vários aplicativos que fazem a mesma função, mas agora ela passará a ser nativa do sistema operacional.

O app também poderá medir o ritmo da respiração com a câmera, mas de uma forma diferente dos batimentos cardíacos. Neste caso, o usuário é orientado a apontar a câmera para o peito, e a movimentação provocada pela respiração será usada pelo app para calcular o ritmo.

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Uma parte importante desse tipo de tecnologia, especialmente com a leitura de batimentos cardíacos, é garantir que o sistema é capaz de fazer a medição em qualquer tom de pele. Muitas vezes essas funções não são adequadamente testadas em tons mais escuros e acabam oferecendo resultados pouco confiáveis. O Google aponta que a tecnologia foi devidamente treinada não só com todos os tons de pele, mas também com pessoas de todas as idades e em diferentes condições de iluminação.

Quem, com razão, está preocupado com a privacidade em relação aos dados coletados pelo Google neste sistema, pode encontrar um pouco de conforto na promessa de que todo o processamento das imagens, seja da leitura cardíaca, seja da medição respiratória, é feito no dispositivo e só é compartilhado para os servidores do Google Fit se o usuário assim permitir.

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Algumas dúvidas ficam no ar por enquanto. O Google não informou requisitos mínimos para que as câmeras do celular sejam capazes de fazer a medição corretamente, então não se sabe como o recurso funcionará em smartphones com câmeras modestas. Além disso, no caso da leitura do ritmo respiratório, ainda não se sabe como a ferramenta responderá a diferentes tipos de vestimenta e se ela será capaz de fazer a medição correta mesmo com uma camiseta folgada, por exemplo.

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