Em breve, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) receberá o tão aguardado insumo farmacêutico ativo (IFA) e conseguirá começar a produção da vacina de Oxford no Brasil. O Ministério da Saúde confirmou que a entrega do material está prevista para acontecer neste sábado (6), em voo que desembarca no Brasil às 17h50 no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

O material, no entanto, renderá um pouco menos do que se esperava inicialmente. A Fiocruz divulgava que o primeiro lote do IFA poderia render 7,5 milhões de doses da vacina, mas esse valor foi revisado para baixo. Agora, serão apenas 2,81 milhões de doses.

Segundo a Fiocruz, a redução no lote se deu por alguns motivos. Como cita a Agência Brasil, a remessa é menor por questão de segurança e condicionamento do IFA. O lote menor também visa facilitar a liberação para exportação pela China, onde os insumos estavam presos em aparente crise diplomática.

A expectativa é de que o lote menor não prejudique o ritmo de produção, porque mais dois lotes devem ser recebidos ainda neste mês. Assim, será possível entregar 15 milhões de doses da vacina de Oxford até o fim de março, com o primeiro milhão entregue entre 15 e 19 de março e mais 14 milhões até o fim do mês.

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O primeiro lote reduzido também não influencia as projeções da Fiocruz sobre as entregas do imunizante no primeiro semestre. A fundação acredita que conseguirá processar IFA suficiente para transformá-lo em 100 milhões de doses da vacina de Oxford na primeira metade do ano. A partir do segundo semestre, a perspectiva é de que seja concluída a transferência de tecnologia que permitirá a produção autônoma no Brasil, com projeção de 110 milhões de doses entregues na segunda metade do ano.

Mais vacinas

Além da vacina de Oxford, a semana foi repleta de informações novas sobre a importação de imunizantes contra a Covid-19. O Ministério da Saúde confirmou negociações para adquirir e distribuir a Sputnik V, produzida na Rússia pelo Instituto Gamaleya, e a Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. Ao todo, a negociação pode render 30 milhões de doses adicionais ao portfólio brasileiro.

O governo baiano também anunciou que fechou o repasse das 50 milhões de doses da Sputnik V acordadas com o fundo soberano russo ao Plano Nacional de Imunizações, embora ainda não exista prazo de entrega.

Além disso, o Instituto Butantan também conseguiu receber o IFA necessário para dar andamento à produção da CoronaVac. O carregamento recebido nesta semana render 8,6 milhões de doses, enquanto outro previsto para a semana que vem renderá 8,7 milhões. Todas serão entregues ao Ministério da Saúde. O governo de SP também negocia 20 milhões de doses adicionais com o laboratório chinês Sinovac, que parecem ser destinados a abastecer prioritariamente a população do estado.