Após menos de um mês da apresentação dos aparelhos, a Samsung anunciou a chegada da linha Galaxy S21 ao Brasil em evento virtual realizado nesta terça-feira (9). São três novos celulares, que começam a ser vendidos já em 5 de março, com pré-venda iniciada em 10 de fevereiro.

O modelo mais acessível entre os três é o S21 padrão, que chega ao comércio pelo preço sugerido de R$ 6.000. Enquanto isso, o S21+, será comercializado com duas opções, custando R$ 7.000 e R$ 7.400 e, por fim, o S21 Ultra tem o preço sugerido no lançamento de R$ 9.500 e R$ 10.500, dependendo do armazenamento e memória RAM escolhidos.

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O Galaxy S21 Ultra é um pouco diferente dos outros dois; além de mais lentes formando o módulo de câmera traseiro, o aparelho é o primeiro da linha S a contar com suporte à S-Pen, a caneta que é marca registrada da linha Galaxy Note; o acessório não vem incorporado ao celular, no entanto, e precisa ser adquirido separadamente.

Um destaque importante: a linha Galaxy S21 é a primeira da Samsung a seguir o que a Apple fez com os novos iPhones, sem a inclusão de um adaptador de tomada na caixa. No lugar, o aparelho conta apenas com um cabo com um conector USB-C. Vale notar que, ao fazer isso no Brasil, a Apple acabou comprando uma briga com o Procon-SP, embora múltiplos advogados consultados pelo Olhar Digital concordem que não se trata de uma violação do direto do consumidor.

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A solução encontrada foi um acordo assinado com o Procon-SP que garante que a Samsung oferecerá o acessório gratuitamente a quem solicitar. No entanto, os termos do acordo são válidos apenas para o período de pré-venda, entre 9 de fevereiro e 7 de março. Ainda não há um pronunciamento sobre a prorrogação da oferta após o período.

Por dentro, os aparelhos têm muitas similaridades. No Brasil, todos os aparelhos usarão o novo chipset Exynos 2100, revelado nesta semana pela Samsung, mas em alguns países a opção será por um chip Snapdragon, da Qualcomm. O chip faz uso de um processo de 5 nanômetros e promete grandes saltos de desempenho, não só em questão de processamento, mas de economia de bateria e conectividade 5G. As diferenças aparecem na memória RAM: O S21 Ultra tem 12 GB ou 16 GB de RAM (dependendo da versão escolhida), enquanto o S21 e o S21+ são limitados a 8 GB.

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Galaxy S21 Ultra
S21 Ultra conta com mais câmeras e é o único com suporte a S-Pen. Foto: Renato Santino/Olhar Digital

Uma diferença fundamental entre os três aparelhos, no entanto, é a bateria, com uma relação direta com o tamanho físico dos dispositivos. O Galaxy S21, o menor dos modelos, conta com uma tela de 6,2 polegadas e uma bateria de 4.000 mAh; já o S21+, com painel de 6,7 polegadas terá uma bateria de 4.800 mAh. Por fim, o Ultra conta com um display de 6,8 polegadas e bateria de 5.000 mAh.

Em questão de câmeras, o S21 e o S21+ são idênticos. Ambos contam com três sensores traseiros: uma teleobjetiva de 64 MP e abertura f/2.0, que proporciona até 3 vezes de zoom óptico e estabilização; uma lente principal de 12 megapixels com estabilização óptica e abertura f/1.8 e um sensor grande-angular para captura de imagens com um ângulo de até 120°, com 12 MP e abertura f/2.2.  Já na frente do aparelho, há uma câmera para selfies de 10 MP com abertura f/2.2.

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Já quando o assunto é o Galaxy S21 Ultra, a configuração fica um pouco mais parruda. O aparelho conta com duas lentes teleobjetivas, ambas de 10 megapixels, sendo que uma delas alcança um zoom de 3x com abertura de lente f/2.4 e a outra usa o sistema periscópio e chega a até 10x com abertura f/4.9. A lente principal também é mais parruda, com 108 megapixels, utilizando esse número para criar um recurso de nona-binning que produz imagens de apenas 12 MP, mas com muito mais detalhes e capaz de produzir melhores resultados em situações de pouca luz. Fechando o conjunto, há uma lente grande-angular de 120° e um quinto furo que não é uma câmera (apesar de parecer), que abriga um sensor laser, que serve para acelerar o foco automático.

Os aparelhos contam com alguns recursos novos de câmera. A Samsung implementou um modo de gravação que captura simultaneamente imagens das lentes frontal e traseira, o que possibilita capturar também a reação do usuário a uma cena específica. O modo Single-Take, que grava 15 segundos de vídeo e gera múltiplas fotos e vídeos com efeitos diferentes usando inteligência artificial para selecionar as melhores alternativas também foi aprimorado, podendo criar até 10 fotos e 4 vídeos. Um “modo diretor” também que o usuário capture simultaneamente vídeos com todas as câmeras traseiras e realize cortes durante a gravação para selecionar a que mais se adequa ao vídeo que ele está tentando fazer.

A Samsung continua apostando em altas taxas de atualização para suas telas. No S21 e no S21+, os painéis podem variar entre 48 Hz e 120 Hz, dependendo do conteúdo. Para itens como jogos, que se beneficiam de uma taxa de quadros mais alta, o celular pode ligar os 120 Hz; em outras situações mais simples, como para ler algum site, a taxa pode ser reduzida para o mínimo a fim de economizar bateria. No Galaxy S21 Ultra, essa diferença é ainda mais ampla: a tela pode funcionar a até 12 Hz, para reduzir ao máximo o consumo de energia em situações menos exigentes.

Por fora, os aparelhos seguem a linha de design Infinity-O adotada pela Samsung nos últimos aparelhos. A tela ocupa basicamente toda a parte frontal do celular, com um pequeno furo centralizado no topo do painel para abrigar a lente de selfies. O acabamento é de vidro fosco, o que contrasta com a cara espelhada do S20. Também destoa da geração anterior o módulo de câmera, que se integra à armação metálica lateral do aparelho, o que é uma solução mais elegante do que o volume gigante que se via nos celulares do ano passado da Samsung.

Os aparelhos chegam ao mercado em múltiplas cores. O Galaxy S21 será vendido em rosa, violeta, branco e preto, enquanto o S21+ estará disponível em violeta, prata e preto. O S21 Ultra, por sua vez, só será vendido em prata e preto.

Além do Galaxy S21

A Samsung também trouxe ao Brasil o Galaxy Buds Pro, que é um modelo de fones de ouvido sem fio mais avançado que o Buds Live, com encaixe fechado, isolando de forma mais forte o som exterior e proporcionando um encaixe mais firme.

A Samsung destaca que os fones de ouvido Galaxy Buds Pro têm um woofer de 11 milímetros para reprodução de áudios graves e médios e um tweeter de 6,5 milímetros para sons agudos e mais dois alto-falantes. Eles também contam com três microfones, sendo que um deles é interno, ativado em situações de muito ruído externo, capturando o som diretamente dos canais auditivos. Os outros dois, externos, são equipados com tecnologia para detectar minimizar o barulho e maximizar o som da sua voz.

A Samsung destaca uma tecnologia chamada VPU, a unidade de captação de voz, que reconhece o movimento do maxilar enquanto o usuário fala para melhorar a captura do áudio. É algo que já estava presente no Buds Live.

O que não havia no modelo anterior é um cancelamento de ruído de 99% (o Buds Live é notoriamente ruim nesse aspecto), que permite ajustar o nível de isolamento, para o momento em que for interessante para o usuário permitir a entrada de algum som, como em aeroportos, por exemplo, onde sempre há um sistema de som emitindo informações importantes. O Galaxy Buds Live também é capaz de reconhecer quando o usuário começa a falar, desativando temporariamente o isolamento para permitir a comunicação.

A Samsung destaca um novo recurso que permite que o Galaxy Buds Pro seja conectado a dois dispositivos simultâneos, e o sistema pode entender e interpretar o contexto para alternar qual é a origem do áudio. Por exemplo: se você está assistindo a um filme no tablet, mas seu celular começa a tocar, o sistema pode entender que é mais importante estar conectado ao smartphone para atender à chamada. Ao fim da ligação, o aparelho pode se reconectar sozinho ao tablet para continuar assistindo ao seu filme.

O Galaxy Buds Pro chega ao Brasil em 5 de março pelo preço sugerido de R$ 1.400.

Os fones de ouvido sem fio não foram o único acessório novo apresentado pela companhia. A empresa também apresentou a Galaxy SmartTag, um aparelho um pouco diferente do que a empresa costuma apresentar nestes eventos. Trata-se de uma espécie de “etiqueta” equipada com Bluetooth que permitem rastrear objetos perdidos. O aparelho custa R$ 200 por unidade.