A passagem de um meteoro pelo céu de Sorocaba, interior de SP, na noite deste domingo (14) foi registrada por câmeras operadas por membros da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, a Bramon.

Sem fins lucrativos e mantida por voluntários e apoiadores, a organização tem como missão desenvolver e operar uma rede para o monitoramento de meteoros, produzindo e fornecendo dados científicos à comunidade.

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O registro foi feito por Marco Antonio Centurion Medeiros, professor e físico de 29 anos que estava operando as câmeras da estação de monitoramento do céu no Clube de Astronomia Centauri, que fica em Sorocaba.

A passagem do meteoro durou quatro segundos, e ele riscou o céu brilhando com grande intensidade antes de desaparecer. Isto pode ser indício de que ele caiu não muito longe do local da estação.

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“Muitas pessoas disseram também terem visto a olho nu o momento da queda. Já peguei outros meteoros brilhantes assim antes, mas são mais raros. Estou operando as minhas estações há uns seis meses e este foi o terceiro com essa intensidade”, afirmou Medeiros em declaração ao G1.

Meteoro à luz do dia

Por volta das 16h de 2 de janeiro, moradores da região centro-sul da Bahia, em cidades como Brumado, Cristalândia, Dom Basílio e outras, se assustaram com um forte estrondo vindo do céu. Segundo a Bramon, o fenômeno foi causado por um bólido diurno. Bólido é o nome dado a um meteoro que se incendia ao entrar na atmosfera, gerando um rastro brilhante no céu.

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“Não havia nenhuma nuvem de tempestade capaz de gerar um relâmpago, podemos concluir que o flash detectado pelo instrumento GLM do GOES-16 [satélite meteorológico] foi gerado pela passagem do meteoro que também gerou o estrondo sônico ouvido por vários moradores da região”.

Na época, os pesquisadores não conseguiram detectar a trajetória do meteoro. “Pelo que já temos, podemos concluir que a velocidade dele foi de pelo menos 65 mil km/h. Ao que tudo indica, foi provocado por uma rocha espacial com tamanho mediano, entre 30 e 80 cm com massa de até uma tonelada. Mas isso é uma estimativa. Ainda não temos dados suficientes para cálculos mais precisos”, disse Marcelo Zurita, diretor técnico do Bramon.

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Fonte: G1

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