

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (17) um cronograma de entrega de vacinas que prevê que o país poderá distribuir 230,7 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 até a metade do ano. Caso o volume se confirme, o país poderia vacinar 115 milhões de brasileiros.
O plano nacional de vacinação contra a Covid-19 prevê cerca de 77,2 milhões de brasileiros em grupos considerados prioritários. Assim, o volume previsto pela pasta pode ser suficiente para começar a imunizar a população considerada não-prioritária antes do meio do ano.
No entanto, o cronograma de vacina ainda conta com algumas ressalvas. Ele já inclui imunizantes que ainda cujas compras ainda não foram confirmadas. É o caso da Sputnik V, que está inclusa no cronograma, mesmo que a compra de 10 milhões de doses entregues pela União Química esteja selada.
Também está incluso no cronograma de vacina a Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O governo prevê a entrega de 20 milhões de doses que ainda não foram adquiridas. Neste caso, também há a complicação de que a vacina sequer demonstrou um resultado de fase 3 até o momento, o que dificultará bastante sua aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Fiocruz deve concluir a transferência de tecnologia a partir do segundo semestre, proporcionando a produção local do insumo farmacêutico ativo (IFA), viabilizando a fabricação independente no país.
O acordo com o Butantan ainda prevê mais 22,4 milhões de doses que serão entregues no segundo semestre. O instituto prevê que conseguirá cumprir o acordo até agosto, antecipando o cronograma anterior, que previa entrega até setembro.
O acordo com a Covax Facility, consórcio da Organização Mundial da Saúde, prevê a entrega de 42 milhões de doses ao Brasil. Ainda não se sabe quais serão os demais imunizantes que chegarão ao país para completar o acordo, nem o prazo, então as outras 32 milhões ainda não entraram no cronograma de vacinas
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês, prevê o cronograma de vacinas apresentado pelo Ministério da Saúde.