A capacidade dos médiuns de “ouvir vozes” de pessoas que já morreram atrai a curiosidade de muita gente. Quem também procurou desvendar esse mistério foram pesquisadores da Universidade de Durham, na Inglaterra, que desenvolveram um estudo para entender como ocorre (e se ocorre) essa comunicação com o “além”.

Uma pesquisa publicada na revista científica Mental Health, Religion and Culture mostrou que essa habilidade pode, sim, ter relação com a ciência.

Segundo os cientistas envolvidos no estudo, essas pessoas desenvolvem, ainda no início da vida, a capacidade de imersão e absorção em atividades mentais a partir de estados alterados de consciência.

Pesquisa ouviu médiuns e membros da população em geral

Para a pesquisa, foram observados dois grupos: 65 médiuns que declararam ter a habilidade de ouvir vozes de mortos, os chamados clariaudientes, e 143 pessoas que não se consideram médiuns.

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Entre os espíritas, 44,6% disseram ouvir vozes de mortos todos os dias. Outros 31% relataram que ouvem vozes na própria cabeça, embora, em alguns momentos, isso se manifeste também fora da mente.

No outro grupo, formado por pessoas que não se consideram médiuns, a capacidade foi associada a níveis de crença no paranormal e não houve ligação com tendências à alucinação.

Estudo pretende entender experiências de clariaudiência. Imagem: Pexels

Ouvir vozes tem relação com experiências da infância

Para o Dr. Adam Powell, pesquisador que liderou o estudo, as descobertas dizem muito sobre “aprendizado e anseio”. “Para nossos participantes, os princípios do Espiritismo parecem dar sentido a experiências da infância, bem como os fenômenos auditivos frequentes que eles experimentam como médiuns praticantes”, destacou.

Com os dados desta pesquisa em mãos, os cientistas pretendem aprofundar os estudos e entender ainda mais sobre como funcionam as experiências de clariaudiência e mediunidade.

Fonte: UOL

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