Já imaginou fazer uma reunião com sua equipe de trabalho com o auxílio de um headset de realidade virtual (VR) e enxergar hologramas de seus companheiros — inclusive do chefe — de escritório? Embora pareça cena de filme, a opção está disponível na plataforma Mesh, anunciada nesta terça-feira (2) pela Microsoft, que mistura realidade e experiências virtuais.

O Microsoft Mesh usa a tecnologia de holoportação. Isso significa que o indivíduo pode visualizar hologramas de outros usuários conectados em um mesmo espaço virtual, independentemente de eles estarem fisicamente no ambiente ou não.

“Você pode realmente sentir que está compartilhando conteúdo com alguém no mesmo lugar ou se teletransportar a partir da realidade mista e estar presente mesmo quando não está fisicamente com os colegas”, afirma Alex Kipman, criador do Kinect e do Hololens e atual responsável por inteligência artificial e realidade mista em nuvem na Microsoft. A nova plataforma deve melhorar até as reuniões virtuais corporativas, que se tornaram rotina em razão da pandemia do novo coronavírus.

Demonstração da plataforma Microsoft Mesh
Utilização do Microsoft Mesh com dispositivos VR ou HoloLens 2 otimiza experiências de realidade mista. Foto: Microsoft/Divulgação

Realidade mista

Muito além de otimizar as chamadas e as videoconferências, o Microsoft Mesh é um passo importante da companhia rumo ao desbravamento da realidade mista — junção do mundo real com as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada.

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Satya Nadella, CEO da Microsoft, acredita que o Mesh será para a realidade mista o que a plataforma Xbox Live foi para o mundo dos games. “Pense sobre o que o Xbox Live fez pelos jogos — passamos de um jogador para multijogadores, criando comunidades que ajudaram as pessoas a se conectarem e terem sucesso juntas. Agora imagine se a mesma coisa acontecer com a realidade mista”, compara o executivo.

O problema é que, para ser uma grande referência da realidade mista, o Microsoft Mesh precisa ganhar a adesão dos usuários. E o preço será um dos empecilhos. A plataforma possa ser utilizada em computadores, tablets e smartphones, mas a experiência mais imersiva estará em dispositivos VR e no HoloLens 2 — da própria Microsoft —, cujos preços não são nada populares.

Ainda assim, é cedo para saber se o Microsoft Mesh cairá nas graças do público. A verdade, porém, é que o futuro com a realidade mista está ainda mais próximo.

Fonte: The Verge