‘Pokémon Go’ em realidade aumentada: Niantic quer levar game ao HoloLens 2

A Niantic, desenvolvedora do game, anunciou parceria com a Microsoft para levar 'Pokémon Go' a dispositivos de realidade virtual e aumentada
Por Rafael Arbulu, editado por Renato Mota 03/03/2021 12h56
Usando o HoloLens 2, a Niantic Labs vem testando formas de aplicar a realidade virtual do headset ao jogo
Usando o HoloLens 2, a Niantic Labs vem testando formas de aplicar a realidade virtual do headset ao jogo "Pokémon Go". Imagem: Niantic Labs/Divulgação
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A Niantic, desenvolvedora de ‘Pokémon Go’, está testando formas de levar o famoso jogo de smartphones para o HoloLens 2, o headset de realidade mista – virtual/aumentada (VR/AR) – da Microsoft. A ideia é criar um ambiente onde um amigo possa se conectar com você pelo aparelho, colocando-se no seu ambiente virtual para partidas multiplayer.

De acordo com o CEO da Niantic, John Hanke, que se apresentou durante o evento virtual Ignite da Microsoft, o projeto está em uma fase de experimentação, mas admitiu que, embora o HoloLens 2 venha se mostrando o melhor caminho para testar esse tipo de experiência, a empresa não descarta levá-la a outros dispositivos.

“Nas experiências que construímos, nós esperamos por um mundo onde teremos muitos headsets no mercado, múltiplas plataformas [disponíveis]”, disse Hanke. “E nós queremos que nossas experiências sejam testadas abertamente. Eu não acho que estamos em um ponto onde exista apenas um ecossistema para comandar todos os outros. É uma grande oportunidade para nós começarmos cedo e trabalharmos nessas coisas”.

O teste da Niantic com o HoloLens 2 é parte de uma parceria que a empresa firmou com a Microsoft para a sua tecnologia presencial de realidade virtual/aumentada (VR/AR) – a Microsoft Mesh. Além deste acordo, o estúdio baseado em São Francisco, Califórnia, tem outras parcerias assinadas com a Qualcomm (para conceitualização de futuras experiências em smart glasses) e a empresa de teatro imersivo Punchdrunk.

Com a Microsoft, John Hanke afirma que a tecnologia é bem diferente de ser trabalhada do que nos smartphones: “O que a Microsoft tem evitado de fazer com o HoloLens 2, devido às limitações do próprio hardware, é um volume de atividades externas”, disse o CEO, antes de confirmar que a Niantic está usando o HoloLens 2 de forma pareada a celulares, a fim de obter conexão móvel à internet e GPS. “Segurar o seu telefone e olhar [o jogo] pela tela é uma coisa, mas quando você tem o headset e os pokémons estão à sua volta e todos eles têm três metros e meio de altura, isso é simplesmente mágico”.

Durante uma apresentação, Hanke foi “acompanhado” do brasileiro Alex Kipman, o cientista que desenvolveu, além do próprio HoloLens, outros produtos da Microsoft, como o Kinect (Xbox 360 e Xbox One). No Ignite, Kipman tinha um visual cartunesco, similar aos antigos “avatares” que víamos em nossos perfis na Xbox Live.

Imagem que mostra um homem à esquerda acompanhado de um avatar virtual à direita, demonstrando capacidades de realidade virtual de uma empresa
John Hanke (esq.) é “acompanhado” do avatar de Alex Kipman (dir.): CEO da Niantic diz que jogos em realidade aumentada podem ter essa apresentação em partidas multiplayer. Imagem: Niantic Labs/Divulgação

Hanke disse que esse visual poderia ser algo que você fosse visualizar em uma partida de ‘Pokémon Go’ conduzida pelo HoloLens 2: “O que acontece quando alguém se loga de outro local? E o que eles verão? O que você vai compartilhar? É uma ótima ferramenta para nós experimentarmos para anteciparmos hardwares futuros que seriam, bem, mais indicados para uso em ambientes externos”.

Evidentemente, tudo na apresentação está em fases primárias de experimentação e, como muita coisa no mercado tecnológico, pode acabar não dando resultado algum. A Niantic, porém, tem um bom histórico de implementação de tecnologias atípicas em plataformas inesperadas – vide o sucesso de ‘Pokémon Go’ e seu outro jogo, ‘Harry Potter: Wizards Unite’. Só nos resta esperar – e torcer.

Fonte: Niantic Labs


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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Renato Mota é redator(a) no Olhar Digital