Estudos preliminares confirmaram nesta segunda-feira (8) que ambas as vacinas contra Covid-19 administradas no Brasil — CoronaVac, da Sinovac, e Covishield, da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford — são eficazes contra a variante brasileira P.1 do novo coronavírus. À Reuters, uma fonte ligada ao estudo confirmou que a pesquisa com a CoronaVac foi conduzida pelo Instituto Butantan.

De acordo com a fonte, o levantamento testou amostras de sangue retiradas de imunizados com CoronaVac contra a variante P.1. Os resultados apontam que a fórmula é eficaz contra a cepa, mas o estudo será ampliado para a obtenção de dados definitivos.

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No fim de fevereiro, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, já havia demonstrado otimismo em relação à eficácia da CoronaVac contra as variantes do novo coronavírus. Segundo ele, testes na China demonstraram boa eficácia do imunizante contra as variantes britânica (B.1.1.7) e sul-africana (B.1.351).

Já a Covishield teve a eficácia contra a variante brasileira P.1 comprovada por estudos preliminares da Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. A informação foi confirmada por Maurício Zuma, que dirige a unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas os resultados só serão divulgados ao longo da semana.

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Foto de dose da vacina Covishield, da Oxford/AstraZeneca, contra a Covid-19
Vacina da AstraZeneca também demonstrou eficácia contra a variante brasileira de Manaus. Foto: Juan Roballo/Shutterstock

Notícia ameniza cenário turbulento

Embora as eficácias encontradas da CoronaVac e da Covishield contra a variante brasileira P.1 ainda sejam dados preliminares, a notícia é bem-vinda diante do avanço caótico do novo coronavírus no Brasil. Isso porque a mutação originada no Amazonas aumenta a carga viral nos infectados em até 10 vezes — esse é um dos principais motivos para a cepa se espalhar com mais facilidade do que o novo coronavírus original.

Então, neutralizar essa variante é essencial para reduzir contágios e de mortes. Isso não significa, no entanto, que é possível eliminar as medidas de restrição e as ações preventivas.

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Até o momento, o Instituto Butantan já entregou 16,1 milhões de doses de CoronaVac ao Ministério da Saúde. Elas são destinadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI), que também conta com 4 milhões de doses de Covishield.

A expectativa é de que o governo federal distribua 76,8 milhões de doses da Covishield e 40 milhões de doses de CoronaVac até maio por todo o país. A declaração foi feita no dia 1° pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

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Via: Uol