A fábrica da Tesla em Xangai, na China, não foi afetada pela invasão promovida às câmeras de segurança feitas pela fabricante Verkada, segundo informou a empresa à agência de notícias Reuters. De acordo com a montadora de carros elétricos, somente uma de suas áreas de produção localizada na província de Henan é que sentiu algum impacto do ataque.

No começo desta semana, a empresa Verkada foi vítima de um ataque onde um hacker obteve acesso a mais de 150 mil câmeras de vigilância fabricadas por ela ao redor do mundo. Algumas das câmeras, porém, estão posicionadas em instalações restritas de grandes empresas, como a Cloudflare e a própria Tesla, além de prisões, hospitais e órgãos públicos.

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Imagem aérea mostra a fábrica da Tesla, em Xangai, na China
A fábrica da Tesla em Xangai, na China, é um complexo automotivo de onde saem vários projetos secretos da empresa. Imagem: Qilai Shen/Bloomberg News

No caso da fábrica da Tesla, reportagens iniciais sobre o ataque afirmavam que a estrutura da empresa em Xangai, na China, estava sendo visualizada pelo hacker, mas a empresa negou. Vale lembrar que as fábricas da China têm diversos projetos secretos de várias empresas, então é possível perceber o motivo pelo qual o acesso indevido às câmeras pode gerar preocupação.

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Dados eram salvos localmente

Tille Kottman, o hacker em questão, assumiu autoria do ataque. Em declaração à Bloomberg, ele afirmou que entre os motivos estavam “muita curiosidade, luta pela liberdade de informação e contra a propriedade intelectual, uma grande dose de sentimento anticapitalista e uma pitada de anarquismo – e é divertido demais para resistir”.

A Tesla disse que os dados da linha de produção em Henan estavam armazenados localmente, então não houve qualquer risco à segurança das informações. Como a Verkada havia removido todos os direitos administrativos enquanto resolvia a falha que deu origem ao ataque, não foi possível conectar as informações encontradas à internet, logo, não houve qualquer tipo de vazamento.

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Kottman não agiu sozinho, mas recusou-se a compartilhar os nomes de outros envolvidos no ataque quando ele próprio compartilhou com a agência imagens supostamente pertencentes às empresas afetadas.

Fonte: Reuters