Você já parou para pensar em quais atividades do dia a dia podem deixar sua “pegada” por aí? Já imaginou que assistir a vários episódios daquela série recém-lançada ou daquela antiga que você tanto gosta tem um impacto ambiental? Ainda mais nesse longo isolamento que já dura um ano?
Pois bem, a Netflix realizou um estudo para descobrir a pegada de carbono da atividade. Através da ferramenta Dimpact, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Bristol, a plataforma de streaming conseguiu observar que uma hora de vídeo dentro da plataforma, em 2020, usava menos de 100 gramas de CO2e (equivalência em dióxido de carbono).
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O valor representa menos do que dirigir um carro comum em uma distância de 400 metros. Uma hora de streaming equivale a um ventilador de teto por quatro horas na América do Norte, ou seis horas da Europa. “A BBC ou a Netflix, ou qualquer outro servidor, não pode simplesmente conectar um medidor na infraestrutura e descobrir quanto carbono foi emitido na atmosfera”, explicou Daniel Schien, um dos criadores da ferramenta.
![Logo da Netflix em uma televisão](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Netflix-8.jpg)
Além da Netflix e da BBC, a ITV, o canal Sky, a empresa de educação Pearson e a Universidade de Cambridge são alguns dos participantes das análises do Dimpact. O objetivo dos relatórios é observar onde é possível reduzir emissões. A ferramenta calcula e mapeia a pegada de carbono de cada mídia digital.
Ela chega ao valor detalhado ao analisar emissões de fornecedores e consumidores. No caso das plataformas de streaming, elas se encaixam no Scope 3. O Scope 1 se refere a combustão, montadoras de veículos e emissões “fugitivas”, enquanto o Scope 2 é voltado à eletricidade adquirida, vapor e aquecimento. O Scope 3 enquadra venda de produtos, investimento e distribuição.
“Para empresas de mídia, se você está envolvido com entretenimento, o Scope 3 é a produção de filmes acima e a entrega do conteúdo ao consumidor abaixo”, explicou Christian Tonnesen, da Carnstone, uma das desenvolvedoras do Dimpact.
Com os dados em mãos, a Netflix quer definir como e quando reduzir as a pegada de carbono, chegando junto a outras big techs, até o final deste mês de março. A Microsoft, por exemplo, afirmou em janeiro do ano passado que vai zerar as emissões até 2030, promessas similares às da Apple, Facebook e Google.
Via: Wired