Chegamos ao fim de março batendo um triste recorde: este é o mês com mais vidas brasileiras perdidas para a Covid-19. Até então, julho de 2020 contabilizava o maior número de mortes da história da pandemia no país, com 32.912 óbitos. A marca de 62.918 vítimas fatais registradas em março representa quase o dobro do recorde anterior.

O número total de mortes neste mês indica uma média de 2.097 por dia. A média móvel nos últimos 7 dias chegou a 2.728. Foram 113 vidas perdidas a cada 60 minutos nesse colapso simultâneo entre os estados brasileiros.

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O país nunca teve tantos estados em propensão de alta de mortes ao mesmo tempo quanto ao logo deste mês. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, o Distrito Federal e mais 17 estados encerram o mês com tendência de aceleração na média móvel de mortes. São eles: Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santos, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Arte gráfica com o mapa das mortes por Covid no Brasil em março
Dados obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa junto às Secretarias
de Saúde dos Estados. / Arte gráfica: Flávia Correia

O período em que mais unidades federativas apresentaram tendência de alta de óbitos no mês foi entre os dias 8 e 28, com 75% dos estados nessa situação. Nos dias 14 e 15, março registrou o maior número de estados em aceleração, quando 24 unidades tiveram variação acima de 15%.

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A maioria dos estados vem apresentando altas contínuas desde o início do mês. Além disso, em quase todos, o aumento do número de mortos é maior do que o registrado na primeira onda da pandemia no país.

Em 7 deles, os indicadores são ainda piores: a alta de mortes chegou a ser mais do que o dobro do registrado nos meses de julho e agosto do ano passado. É o caso de São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. No Paraná, especificamente, o registro de mortes triplicou. No Rio Grande do Sul, a alta foi de quatro vezes mais óbitos do que na primeira onda. Os únicos estados com registros em queda neste momento são Amazonas e Roraima.

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Fonte: UOL