Com o anúncio de sua saída do mercado de smartphones, feito nesta segunda-feira (05), é hora de relembrar o histórico da LG no segmento. Embora nunca tenha alcançado o mesmo sucesso que sua rival Samsung, não foi por falta de tentativa: a empresa constantemente introduzia inovações no design de seus aparelhos, e tentou até mesmo uma parceria com o Google que resultou em alguns modelos da cobiçada linha Nexus (antecessora dos Pixel), um dos quais foi lançado aqui no Brasil.
Veja a seguir uma lista com alguns dos modelos da empresa que mais chamaram nossa atenção ao longo dos anos, e o motivo. E você, tem algum smartphone LG que foi marcante em sua vida? Compartilhe suas lembranças nos comentários no rodapé deste artigo.
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Optimus Vu, o “quase Note”
Desde o começo o Samsung Galaxy Note chamou a atenção por dois motivos: a caneta e a tela grande, dando início a uma categoria que na época ficou conhecida como “phablets”: celulares com tamanho na “metade do caminho” entre um smartphone típico da época (cerca de 4 polegadas) e um tablet de pequeno porte (7 polegadas).
O Optimus Vu, de fevereiro de 2012, foi a tentativa da LG de concorrer com o Galaxy Note. Além da caneta, ele se destacava pela tela de 5″ com proporção 4:3, a mesma dos tablets.
A LG chegou a lançar um sucessor apenas sete meses depois, o Optimus Vu II, com processador mais poderoso e o dobro de RAM (impressionantes 2 GB!), mas não conseguiu emplacar a ideia. A Samsung persistiu, transformando a linha Galaxy Note em um de seus maiores sucessos.
Nexus 4, com “pedigree” do Google
Desenvolvido em parceria com o Google e baseado no Optimus G, o Nexus 4 foi o último smartphone da linha Nexus, do Google, vendido oficialmente no Brasil. Além do Android 4.2 “puro”, seu principal atrativo era o design, com uma traseira de vidro, material incomum na época, com um padrão quase “holográfico” que cintilava com a luz.
Mas o mesmo vidro tornava o Nexus 4 incrivelmente escorregadio, e ele tinha tendência a “se jogar” de qualquer mesa ou superfície com mais ligeira inclinação. Proprietários logo aprenderam a investir em uma capinha.
G Flex: enverga, mas não quebra
Desde 2019, com o anúncio do Galaxy Fold, falamos muito de smartphones dobráveis. Mas em 2013 a LG apostou em um “passo intermediário” na tecnologia: um smartphone flexível. O LG G Flex tinha um corpo e tela com uma curvatura que segundo a fabricante acompanhava melhor o rosto.
A carcaça era construída de forma que podia ser flexionada sem danos até ficar “reta”, o que deveria ajudar o aparelho a sobreviver a quedas ou ao “senta e levanta” em um bolso de trás de calças. Além disso, a traseira do aparelho era feita em um plástico capaz de se “regenerar”, fazendo com que pequenos riscos desaparecessem em pouco tempo.
LG G4: a elegância do couro
Em 2012 a LG estabeleceu a linha “Optimus G” como carro-chefe de seu portfólio de smartphones. O nome Optimus foi abandonado na segunda geração, que foi batizada apenas de LG G2. A partir daí cada nova geração passou a ser numerada sequencialmente, até os G8 (e variantes) de abril de 2019.
O LG G4, de 2015, chamou a atenção pela qualidade das câmeras, na época em que este estava se tornando um fator decisivo na escolha de um smartphone. Outro fator que fazia todo mundo parar para dar uma olhadinha era o acabamento: um dos modelos tinha a traseira revestida em couro legítimo.
LG G5: o celular modular
O LG G5 foi um experimento que não deu certo. O objetivo era criar um smartphone modular, que pudesse ter o hardware expandido e personalizado ao gosto do freguês com módulos (chamados pela LG de “amigos”) conectados à parte de baixo do aparelho.
Um dos módulos era um “grip” para melhorar a pegada do aparelho quando usado como câmera, que também adicionava botões dedicados para fotografia. Outro era um sistema de áudio desenvolvido em parceria com a Bang & Olufsen, com alto-falante de melhor qualidade e saída de fones com menor nível de ruído.
A ideia era boa, mas logo foi abandonada pela LG. Quando o G6 surgiu, um ano depois, já não havia mais nenhum sinal dela. Quem mais apostou no conceito da modularidade foi a Motorola, com quatro gerações da linha Moto Z.
LG G8X: duas telas são melhores que uma
O LG G8X pode ser visto como uma resposta da LG ao Galaxy Fold. Lançado em novembro de 2019, ele seria um “topo de linha” qualquer, não fosse um recurso curioso: um acessório opcional chamado LG Dual Screen que, quando conectado ao aparelho, dava a ele uma segunda tela.
Pra quê? para rodar dois apps ao mesmo tempo, como controle em jogos ou na reprodução de mídia, para usar como teclado ao produzir documentos ou para compartilhar conteúdo com uma pessoa do outro lado a mesa. A idéia foi reaproveitada no Velvet, sucessor da linha G.
LG Wing: duas telas por um novo ângulo
O LG Wing foi outro conceito curioso. Novamente a LG apostou nas duas telas, mas desta vez em uma configuração diferente: a tela principal pode ser rotacionada em 90º, revelando uma tela secundária, menor, logo abaixo.
Esta tela poderia ser usada, por exemplo, para mostrar um Media Player ou mensagens enquanto o usuário roda um app de navegação na tela principal, para mostrar os controles da câmera no momento de bater uma foto (deixando a tela principal livre para o preview), para auxiliar na edição de fotos e vídeos e mais. Infelizmente é uma ideia que não iremos ver evoluindo, a não ser que seja adotada por algum outro fabricante.
Linha K: os LG “para todos”
Nenhuma lista de aparelhos marcantes da LG, especialmente no Brasil, seria completa sem uma menção à linha K. Longe do hardware de ponta dos modelos topo de linha, ela foi a família de smartphones de baixo custo da LG, cobrindo desde o segmento de entrada (onde concorria com os Moto E) até os intermediários mais sofisticados, onde competia com modelos como os Moto G e alguns Galaxy A e M da Samsung.
O primeiro modelo foi o K4, de 2016, e modelos como o K8 e K10 chegaram a fazer algum sucesso por aqui. Os lançamentos mais recentes da linha no Brasil foram o K52, K62 e K62+. Mesmo o modelo mais básico, o K52, traz 3 GB de RAM, 64 GB de memória interna e quatro câmeras traseiras (tele, grande angular, retrato e macro), por um preço competitivo, a partir de R$ 1.499.