Começa nesta segunda-feira (12), em todo o Brasil, a 23ª edição da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. De acordo com a estimativa do Ministério da Saúde, aproximadamente 50 mil postos de vacinação estarão disponíveis até o dia 9 de julho para imunizar cerca de 90% da população. Em tempos de pandemia, entenda por que é importante você se vacinar contra a gripe.

Com o sistema de saúde em estado crítico por causa do coronavírus, é fundamental que o máximo de pessoas sejam protegidas da gripe para reduzir os casos em que há a necessidade de cuidados intensivos. Quanto menos ocorrências de quadros mais sérios da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), maior a disponibilidade de leitos nos hospitais e clínicas. Dados oficiais apontam que, em 2020, foram notificadas 2,1 mil hospitalizações por SRAG no Brasil.

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A imunização em massa contra a gripe também é importante para reduzir a circulação viral na população, bem como suas complicações e óbitos, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco. É o caso de pacientes imunodeprimidos, idosos e pessoas com outras doenças, por exemplo. “Neste contexto, a campanha de vacinação consiste em uma ação de interesse nacional, sendo os grupos prioritários atores sociais importantes no processo de prevenção e controle da doença”, informou o Ministério da Saúde em comunicado oficial.

Vacinação na Creche do Batan, Rio de Janeiro RJ / Fotógrafo: André Gomes de Melo - flickr
Vacinação na Creche do Batan, Rio de Janeiro RJ / Fotógrafo: André Gomes de Melo – flickr

É importante ressaltar, também, que os sintomas da gripe e da Covid-19 são muito parecidos, o que atrapalha o diagnóstico dos pacientes. Assim, estar vacinado contra a gripe facilita a leitura mais precisa do quadro infeccioso daquele que, porventura, possa ser contaminado pelo novo coronavírus.

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Público-alvo da campanha

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Serão vacinadas crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres em fase pós-parto), povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com 60 anos ou mais, professores das escolas públicas e privadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento, forças armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Em relação às doenças crônicas e condições clínicas especiais, são consideradas parte desse grupo:

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  • Diabetes
  • Obesidade
  • Doenças respiratórias crônicas, como asma, fibrose cística, rinite alérgica e etc.;
  • Doenças cardíacas crônicas, como hipertensão, insuficiência cardíaca, miocardite e etc.;
  • Doenças hepáticas crônicas, como as hepatites e cirrose, dentre outras;
  • Doenças neurológicas crônicas, como paralisia cerebral e esclerose múltipla;
  • Imunossupressão (pessoas com o sistema imunológico prejudicado por enfermidades ou medicamentos);
  • Indivíduos transplantados;
  • Portadores de trissomias, como síndrome de down, síndrome de Klinefelter, síndrome de Warkany e etc.
Pessoas com síndrome de down estão entre os grupos prioritários para receberem a vacina contra a gripe. / Créditos: nd3000 – istockphoto

Calendário de vacinação

A partir do dia 12 de abril, o SUS vacinará crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde. Em relação às crianças indígenas, o limite de idade é de até 9 anos. Idosos com 60 anos ou mais e professores serão vacinados a partir de 11 de maio. Já os demais prioritários, do dia 9 de junho a 9 de julho.

Para intensificar a imunização, cada etapa da campanha contará ainda com o “Dia D”: um sábado em que postos de saúde e outros locais, como shoppings e parques, aplicam a vacina da gripe para a população que estiver sendo beneficiada no momento. Quem determina as datas para esses sábados especiais são os municípios.

E o restante da população?

Pessoas fora dos grupos prioritários também devem se proteger, especialmente nesse momento de pandemia, considerando que, com o sistema de saúde sobrecarregado pela Covid-19, vacinar-se contra a gripe evita idas desnecessárias ao hospital.

Para isso, devem buscar a injeção em clínicas privadas ou aguardar doses remanescentes da campanha. Em anos anteriores, as vacinas que sobraram foram distribuídas para o resto da população. Por isso, é importante ficar atento aos noticiários.

Fontes: Ministério da Saúde / UOL

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