Uma pesquisa conduzida pela Nielsen em parceria com a consultoria Toluna apontou que os brasileiros têm tido jornadas de trabalho mais longas por conta do trabalho remoto. Com isso, as atividades laborais são as que mais consomem o tempo das pessoas durante os quase doze meses de confinamento por conta da pandemia da Covid-19.
Entre os entrevistados, 18% dedicam 15 horas semanais ao trabalho, 23% gastam entre 10 e 15 horas e outros 22% têm jornadas de cinco a nove horas por semana. Em segundo lugar, vêm as atividades de lazer, como vídeos, filmes e programas de TV, com 14% das pessoas ficando diante das telas por pelo menos 15 horas semanais.
Além de trabalhar mais, o brasileiro também passou a trabalhar até mais tarde, as atividades de trabalho realizadas após às 22h00 ganharam mais adeptos. 8% dos entrevistados realizaram trabalhos durante a madrugada.
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A pesquisa foi realizada em janeiro e divulgada em março de 2021, foram ouvidas 1.135 pessoas, sendo 37% consideradas das classes A e B e 58% das C, D e E. 58% dos entrevistados eram mulheres moradoras da região Sudeste (51%), Nordeste (20%), Sul (17%), Centro-Oeste (7%) e Norte (5%).
Em comparação com uma outra pesquisa realizada em junho de 2020, foi observado que o consumo de redes sociais, filmes e músicas caiu. O número de pessoas que notou ter ficado mais tempo online no Facebook, Twitter e Instagram foi de 56%, uma queda de 11% em relação ao levantamento anterior.
Em relação ao consumo de vídeos, filmes e programas de TV, o número de pessoas que notou um aumento no tempo gasto caiu 10%, e foi para 65%. Entre os consumidores de música, o recuou foi de 12%, fechando em 46%. 51% dos entrevistados notaram que estão mais ativos em aplicativos de mensagens, o que representa uma queda de 8% em relação ao levantamento anterior.
Outro produto que deixou de ser interessante aos “quarentenados” foram as lives musicais. Sucesso no início do isolamento, o consumo de shows transmitidos online entre às 18h e as 22h caiu 16% em relação à pesquisa realizada em junho do ano passado.
Via: Valor Econômico
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