Cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, criaram células de biocombustível que são capazes de recarregar equipamentos eletrônicos como smartwatchs ou fones de ouvido bluetooth por meio de energia elétrica produzida com células provenientes de gotas de suor.

De acordo com os pesquisadores, a energia elétrica em questão é gerada através de uma substância produzida pelo organismo com a queima de glicose, chamada lactato. Essa substância está presente em nosso suor quando praticamos atividades físicas de longa duração ou de alta intensidade. Atualmente, o lactato é utilizado para medir a intensidade de exercícios físicos, reabilitação de pacientes e até criação de programas exclusivos de treinamento.

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Homem com suor escorrendo na testa'
Gotas de suor podem virar energia elétrica, diz pesquisa. Créditos: Shutterstock

Porém, os cientistas estão procurando desenvolver um material flexível capaz de coletar a célula produtora de energia já que uma bateria comum não seria capaz de manter essa carga durante muito tempo. Pensando nisso, foi criada uma espécie de bandagem de papel que pode ser utilizada pelo atleta em algum lugar do corpo e capta a energia gerada pelo suor.

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Nesta bandagem estão dispostas em paralelo diversas células de biocombustível que em contato com o lactato do suor produzem uma reação eletroquímica capaz de produzir correntes elétricas para carregar pequenos equipamentos. Confira no vídeo a seguir como o processo ocorre:

“Em nossos experimentos, nossas células de biocombustível baseadas em papel e tinta de carbono poderiam gerar uma tensão de 3,66 V e uma potência de saída de 4,3 mW. Até onde sabemos, esse poder é significativamente maior do que o das células de biocombustível de lactato relatadas anteriormente”, explica o professor e autor do estudo Isao Shitanda.

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O professor pode afirmar isso pois estudos anteriores sobre o lactato apresentavam soluções mais caras para coletar a energia, como fios de prata. Já a atual pesquisa utiliza essa espécie de papel impresso com tinta especial, o que torna o projeto mais viável.

Via: Universidade de Tóquio

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