Necessidade de 3ª dose da vacina da Pfizer é um “cenário provável”, diz CEO da empresa

Albert Boula disse, em painel discutido por rede farmacêutica americana, que estudos sobre uma terceira dose estão sendo conduzidos
Por Rafael Arbulu, editado por Lyncon Pradella 16/04/2021 18h25
Vacina da Pfizer eficaz contra a variante Delta, assim como a AstraZeneca
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A vacina da Pfizer – oferecida sob o nome público de “Comirnaty” – pode precisar de uma terceira dose, admitiu Albert Bourla, CEO da empresa. Em um painel de discussão promovido pela rede americana de farmácias CVS, o executivo explicou que a ideia seria manter em alta a imunidade de quem receber o imunizante contra a Covid-19.

De acordo com Bourla, estudos são conduzidos para verificar se uma terceira dose será necessária ou opcional. Atualmente, a vacina da Pfizer é aplicada em campanhas de imunização nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Singapura, além de um acordo que prevê a disponibilidade da medicação para o Brasil e outros países.

Estudos avaliam a necessidade de uma terceira dose da vacina da Pfizer, representada na imagem por uma ampola com uma seringa extraindo o medicamento
Estudos avaliam a necessidade de uma terceira dose da vacina da Pfizer, a fim de ampliar a imunidade das pessoas contra a Covid-19. Imagem: Seda Servet/Shutterstock

“Um cenário provável é o de que teremos a necessidade de uma terceira dose [da vacina da Pfizer] entre 6 e 12 meses e, a partir daí, uma revacinação anual, mas tudo isso ainda precisa ser confirmado”, disse Bourla durante o painel. “Existem vacinas como a da poliomielite, onde uma única dose é o suficiente, mas também há vacinas como a da gripe, que você toma todo ano. O vírus da Covid-19 é muito mais parecido com o da gripe do que com o da poliomielite”, completou.

A terceira dose da vacina da Pfizer é estudada pela empresa desde o começo de abril, quando a farmacêutica americana levantou a possibilidade que uma injeção a mais, dentro do regime de duas imunizações, poderia aprimorar a imunidade humana contra o novo coronavírus.

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Recentemente, os Estados Unidos paralisaram a vacinação com imunizantes da Johnson & Johnson por preocupações sobre alguns casos raros de coagulação sanguínea em pessoas imunizadas. A empresa chegou a pedir a ajuda da Pfizer e da Moderna no estudo de tais efeitos, mas o pedido foi recusado devido à diferença na tecnologia aplicada entre as duas medicações.

As vacinas oferecidas no Brasil são a CoronaVac, produzida em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, e a CoviShield, da farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

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Fonte: CNET / G1

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.