Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o consumo em excesso de bebidas alcoólicas pode causar disfunção erétil. A conclusão é que a ingestão desse tipo de líquido pode prejudicar a circulação sanguínea, o que influencia na ereção.

O estudo publicado no European Journal Pharmacology diz que o corpo cavernoso, responsável pela ereção, fica em estado ereto por conta da dilatação dos vasos sanguíneos, quando essa dilatação não acontece, o pênis fica flácido.

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Disfunção erétil e o álcool

Para tentar entender a influência do álcool na disfunção erétil, os pesquisadores testaram em roedores. Os animais receberam uma solução com 20% de álcool e, após seis semanas, foi concluído que as cobaias tiveram uma redução na vasodilatação, dificultado a ereção.

Depois disso, o próximo passo dos cientistas foi entender o motivo disso acontecer. Basicamente a substância que controla a contração e dilatação dos vasos sanguíneos é o óxido nítrico (NO). A presença do gás nos músculos induz a ereção.

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A ingestão de álcool provoca uma reação chamada de estresse oxidativo, em que ocorre um aumento dos radicais livre que, em contato com o gás, impedem sua ação. “Como há o aumento dos radicais livres e diminuição do NO, o vaso fica mais contraído. E a tendência é que, nesses casos, o pênis se encontre em estado flácido”, disse Carlos Renato Tirapelli, um dos líderes do estudo.

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“Conseguimos mostrar de uma maneira direta, e não só associativa, que o álcool tem ação negativa na microcirculação peniana tanto de maneira funcional quanto molecular”, completou ainda. O pesquisador reforça que o estado de disfunção erétil se aplica apenas para o consumo crônico de bebidas alcoólicas, ou seja, quando a ingestão é diária ou em grandes quantidades.