Cientistas conseguiram conectar a chuva de meteoros UY Lyncids ao cometa C/2002 Y1 Juels-Holvorcem, que passa uma vez a cada 3.967 anos. A pesquisa que conseguiu relacionar o corpo celeste à chuva mapeou cometas que levam mais de 250 anos para orbitar o Sol.

De acordo com o astrônomo Peter Jenniskens, especialista em meteoros do Instituto SETI e principal autor da pesquisa, até recentemente sabia-se apenas de cinco comentas de longo período como “pais” de chuvas meteoros observadas. “Mas agora identificamos mais nove, e talvez até 15”, emendou.

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O cometa C/2002 Y1 Juels-Holvorcem se aproximou do sol pela última vez em 2003. Antes disso, ele tinha feito uma visita ao local por volta do ano 2000 aC. A próxima chegada do corpo celeste por essa vizinhança deve acontecer apenas perto do ano 6000.

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Os pesquisadores responsáveis pela pesquisa queriam encontrar mais conexões do tipo. Eles utilizaram uma rede chamada Câmeras para Vigilância de Meteoros Allsky (CAMS, na sigla em inglês), com estações nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Namíbia, Chile e Emirados Árabes Unidos, somando mais de 500 câmeras.

LYRIDS CAMS network
Representação da chuva de meteoros Líridas, visível no mês de abril, associada ao cometa Thatcher, que tem órbita de 415 anos. Imagem: P. Jenniskens / SETI Institute

A maioria dos cometas pesquisados passa pelo Sol com intervalos entre 400 e 800 anos. Apenas outros três se juntam ao Juels-Holvorcem com órbitas durando mais de mil anos. Apesar de ligarem esses outros corpos a chuvas de meteoros, os cientistas não conseguiram cravar o período orbital.

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Durante as observações, os pesquisadores conseguiram observar ainda que chuvas de meteoros deixadas por cometas de longo período tendem a durar vários dias e o radiante parece se mover, como uma mancha, pelo céu. Os cientistas creem que o efeito é causado pela órbita do cometa mudando, entre loops, fazendo com os campos de escombros não se alinhem claramente, como acontece com os de período mais curto.

“Isso foi uma surpresa para mim. Isso provavelmente significa que esses cometas voltaram ao sistema solar muitas vezes no passado, enquanto suas órbitas mudavam gradualmente com o tempo”, disse Jenniskens. O artigo com a pesquisa será publicado na edição de setembro da revista Icarus e pode ser acessado online no Science Direct.

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Chuvas de meteoros são o resultado do acúmulo de detritos de cometas ao longo de seu caminho, já desgastado, pelo Sistema Solar. Eles queimam na atmosfera da Terra quando o planeta cruza esse rastro de poeira.

Via: Space

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