Meteoro é visto nos céus de 4 estados do Nordeste

Por Marcelo Zurita, editado por André Lucena 24/05/2021 14h34, atualizada em 27/05/2021 23h16
Bólido registrado na Estação JPZ3
Bólido registrado na Estação JPZ3/PB em João Pessoa. Créditos: Marcelo Zurita/BRAMON/climaaovivo.com.br
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Um belo meteoro foi visto na noite de sábado (22) em quatro estados do Nordeste. O fenômeno ocorreu às 18h59 (horário de Brasília) sobre a costa do Rio Grande do Norte e foi registrado pelas câmeras da BRAMON, a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, e do Clima ao Vivo no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará.

Confira:

Os primeiros relatos vieram da Paraíba, através das redes sociais e da ferramenta bramon.imo.net (onde o internauta pode enviar seu relato através de um formulário). Todos informando o avistamento de uma bola de fogo esverdeada cruzando o céu na direção nordeste. A confirmação veio através do registro na câmera all-sky da BRAMON em João Pessoa que registrou a passagem do bólido (meteoro muito luminoso) às 18h59, e também da estação JPZ3/PB, também em João Pessoa, que fez a imagem mais impressionante do evento.

Bólido registrado na Estação JPZ3/PB em João Pessoa. Créditos: Marcelo Zurita/BRAMON/climaaovivo.com.br
Bólido registrado na Estação JPZ3/PB em João Pessoa.
Créditos: Marcelo Zurita/BRAMON/climaaovivo.com.br

Trajetória

A partir dos vídeos registrados pela BRAMON e Clima ao Vivo, foi possível determinar a trajetória do bólido pela atmosfera. O meteoro surgiu sobre o Oceano Atlântico, a 99,2 km de altitude e a cerca de 110 km da costa leste do Rio Grande do Norte. Seguiu na direção noroeste brilhando intensamente até desaparecer a 36,3 km de altitude, ainda sobre o oceano, a 53 km de Natal. Ele percorreu uma distância de 89,7 km e apenas 5 segundos, o que representa uma velocidade média de 64,6 mil km/h.

Trajetória do meteoro pela atmosfera. Créditos: BRAMON
Trajetória do meteoro pela atmosfera. Créditos: BRAMON

Meteoritos no fundo do mar

Baseado na luminosidade e na velocidade do meteoro, a BRAMON calcula que a rocha espacial que gerou o fenômeno possuía entre 20 e 60 Kg de massa, dos quais, no máximo 5 kg podem ter resistido à passagem atmosférica e gerado meteoritos que, infelizmente, descansam no fundo do Oceano Atlântico.

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Marcelo Zurita
Colunista

Pres. Associação Paraibana de Astronomia; membro da Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – e coordenador regional do Asteroid Day Brasil

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.

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