Em breve, os cabos USB-C vão mais que dobrar sua potência máxima, permitindo que sejam usados para carregar ainda mais laptops, desktops e outros dispositivos.
De acordo com novos parâmetros divulgados pelo USB Implementers Forum (USB-IF), cabos USB-C fabricados de acordo com o novo padrão poderão entregar até 240 Watts (W) de energia – bem mais do que os atuais 100W.
A mudança tomou efeito na última segunda-feira (25) em um documento oficial, para que fabricantes já possam adequar o design de seus periféricos. Segundo especialistas, com a nova capacidade os cabos USB-C dão mais um passo para se estabelecer como um padrão “de fato” para alimentação de dispositivos, eliminando a atual confusão de cabos e carregadores proprietários.
Evidentemente, essa premissa não serve para a maioria dos “aparelhos gamers”, que podem exigir muito mais energia do que mesmos os novos cabos podem oferecer. Um desktop da categoria, por exemplo, pode pedir até 650W.
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O novo padrão foi chamado pelo USB-IF de “EPR” (sigla em inglês para “limite estendido de energia”), e as fabricantes precisarão atualizar seus processos de fabricação para acomodar as mudanças.
Algumas empresas já oferecem adaptadores de energia USB-C: a Apple faz isso com os Macbooks, por exemplo – por R$ 349,00 (preço sugerido pela loja oficial brasileira), você adquire um modelo de 30W.
O padrão USB nasceu como uma forma conveniente de plugar periféricos em computadores, substituindo vários padrões mais antigos como portas seriais, paralelas, PS/2 ou mesmo interfaces com sistemas de armazenamento em massa, como SCSI e Firewire.
Conforme a tecnologia foi evoluindo, o padrão USB também se atualizou para acomodar tarefas mais pesadas, aumentando a velocidade de transferência de dados e assumindo novas tarefas (como a transmissão de vídeo portas USB-C com Thunderbolt). Ao elevar a capacidade elétrica dos cabos USB-C, essa abrangência pode aumentar consideravelmente mais uma vez.
Vale lembrar também que boa parte das principais fabricantes do mercado vêm reduzindo o consumo de energia de seus computadores, no intuito de serem menos agressivos ao meio ambiente. Em parte, a mudança nos cabos USB-C pode também acomodar mais esse objetivo, só que em máquinas mais “fominhas”.
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