22% dos computadores no mundo ainda rodam o Windows 7

Levantamento feito pela Kaspersky ressalta que máquinas com sistema operacional defasado estão mais vulneráveis a ciberataques
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 27/05/2021 15h57, atualizada em 31/05/2021 10h33
Imagem mostra um computador, com os adesivos do processador Intel Core i3 e do Windows 7 colados em sua base
Imagem: Piotr Swat/Shutterstock
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Quase um quarto – ou 22% – dos computadores do mundo ainda rodam no Windows 7, sistema operacional que a Microsoft descontinuou em definitivo em janeiro de 2020. Segundo um levantamento da firma de segurança Kaspersky, isso se dá pela popularidade e solidez da versão no mercado – em março de 2010, seis meses após seu lançamento, o Windows 7 já havia superado 100 milhões de unidades vendidas.

De acordo com o levantamento da Kaspersky, os 22% dos computadores que ainda usam o Windows 7 não são apenas consumidores finais, mas também pequenas e médias empresas (SMBs) e microempresas. A empresa de segurança ressalta que, por mais popular que tenha sido, o sistema operacional há muito teve seu suporte descontinuado, então seus usuários atuais estão mais vulneráveis a ciberataques.

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Imagem mostra a tela de um computador equipado com o Windows 7
O Windows 7 foi um dos sistemas mais populares de sua época, mas seu uso nos dias atuais representam um problema sério de segurança. Imagem: Friemann/Shutterstock

Basicamente, o fim do suporte de um sistema operacional implica em ele não mais receber atualizações de segurança de sua fabricante. Entretanto, hackers e outros malfeitores do universo digital não param de pesquisar novas formas de invadir sistemas – mesmo os mais antigos. Em outras palavras, se alguém descobrir uma nova vulnerabilidade no Windows 7, essa falha de segurança nunca será resolvida pela fabricante.

“Sabemos que várias pessoas e algumas empresas, principalmente as pequenas, tendem a não atualizar programas e sistemas operacionais para as versões mais recentes, seja por custo ou customização”, diz Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina. “Embora possam parecer um incômodo, as atualizações trazem correções de bugs que, se não forem corrigidas, podem abrir uma porta enorme para os cibercriminosos”.

“Imagine que a sua casa está velha, caindo aos pedaços, e instalar uma porta nova não trará nenhum benefício”, ele continua. “O melhor a fazer é trocar de casa – e esta é a atitude correta que internautas e empresas devem adotar para garantir a segurança do sistema operacional no qual confiam seus dados, já que o custo de um incidente pode ser substancialmente superior a uma atualização”.

A Kaspersky ainda avisa de outra descoberta em seu levantamento: menos de 1% dos usuários rodam uma versão ainda mais antiga que o Windows 7 – como o antecessor Vista ou ainda o Windows XP, cujo suporte terminou em abril de 2014. No outro lado do espectro, aproximadamente 74% dos computadores estão hoje equipados com o Windows 10, a versão mais atual e que recebe atualizações periódicas da Microsoft.

Alguns cuidados são recomendados caso você seja um dos 22% dos computadores com o Windows 7 (ou os quase 1% de algo mais antigo):

  • sempre confirme se as atualizações automáticas estão acionadas: isso assegura o recebimento de arquivos de update para correções que podem aliviar vulnerabilidades, além de alertar você de um iminente fim de suporte
  • Se você tiver essa estrutura ou for uma empresa, tente rodar as máquinas com sistema operacional defasado em uma rede separada – se possível, exclusiva a elas. Assim, você consegue controlar quais arquivos estarão presentes nestes computadores e, no caso de um ciberataque, mitigar ou mesmo anular os danos
  • Mantenha suas soluções de segurança (antivírus, monitoramento ativo de rede etc.) sempre constantes e atualizadas, a fim de criar mais camadas de segurança para impedir ciberataques

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital