Aos 20 anos, a atriz Larissa Manoela anunciou nesta sexta-feira (4) mais um de seus investimentos: sua própria operadora de telefonia móvel, que ganhou o nome de Laricel.

O serviço oferece planos pré-pagos a partir de R$ 25 e, dentre os principais diferenciais estão a inexistência de contrato de fidelidade, bem como uso de dados cumulativos.

“Acredito que, além de estarmos conectados pela vida, agora estaremos conectados literalmente por meio de um sinal potente de internet”, disse a artista, ao anunciar a novidade em seu Instagram, que é seguido por quase 40 milhões de pessoas.

Por trás da operação

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A empresa por trás do lançamento é a Dry Company que, há algum tempo, aposta em parcerias com nomes de peso e famosos para alavancar seus serviços.

Além da atriz Larissa Manoela, a operadora já havia lançado parcerias desse mesmo tipo com clubes de futebol, incluindo Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Fluminense, Santos, São Paulo Futebol Clube, Sport e Palmeiras. Na lista, há ainda acordos com redes de varejo como o Barbosa Supermercados e a VestCasa.

E a expectativa é de que o negócio cresça ainda mais durante os próximos meses. “Em 2021, teremos uma grande revolução com o 5G e, com ela, uma grande possibilidade de inovação no mercado”, afirmou Tatiane Perez, CEO da Dry Company, em entrevista recente ao Meio & Mensagem.

A companhia atua com licenciamento de marcas em um modelo de operação chamado de Mobile Virtual Network Operator (MVNO), ou operadora de rede móvel virtual, em tradução.

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MVNOs, um nicho em expansão

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autoriza a operação de MVNOs em solo nacional, tendo contabilizado até o final de 2020 um total de 105 operadoras do tipo, sendo 95 credenciadas e 10 autorizadas.

Entre 2018 e 2019, o número de linhas móveis de MVNOs no Brasil registrou crescimento de 126%, segundo dados da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp). Ao todo, foram contabilizados 1,19 milhão no período.

Na prática, uma operadora que fornece o serviço MVNO compra o direito de uso de infraestruturas já robustas e estabelecidas de operadoras móveis tradicionais. Dessa forma, ela fica responsável pela operacionalização e comercialização do serviço que, no caso, pode ser utilizado por artistas e marcas para oferecer o serviço de telefonia ao consumidor final.

O ciclo desse modelo de negócio acaba trazendo benefícios para todas as pontas. A operadora virtual não precisa de investimentos pesado para montar a infraestrutura de telefonia, tampouco a marca ou celebridade que usufrui do serviço. Para o usuário final, há a redução de custo por conta desse princípio de uso de uma infraestrutura existente.