Ao mesmo tempo que vários países se movimentam para frear o desdobramento da pandemia causada pela Covid-19, com vacinas desenvolvidas rapidamente, há espaço para um imunizante contra outro vírus, o qual já matou mais de 34,7 milhões de pessoas nos últimos 40 anos.

A vacina contra o HIV entra na última etapa antes da submissão às autoridades sanitárias e é procurada há quatro décadas, mas sem sucesso, pois a pesquisa esbarra na variação genômica que caracteriza o vírus da Aids. A novidade agora é que um estudo financiado pela Janssen – com duas vacinas combinadas – alcança a fase final de análise em milhares de voluntários de oito países.

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Com isso, o Brasil fará parte dos testes de fase 3, para verificar a eficácia da vacina nos ensaios clínicos. Em dezembro começou o recrutamento de voluntários e termina em setembro de 2021, contando com cinco capitais, como Belo Horizonte.

Nesta segunda-feira (14), o médico imunologista Jorge Andrade Pinto, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e também responsável pelos testes da vacina contra o HIV no estado, disse que a etapa está em desenvolvimento desse imunizante. Além disso, é importante o papel do Brasil nesse esforço mundial e como a descoberta de uma vacina realmente eficaz pode mudar a estratégia de combate à pandemia de HIV.

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Fonte: O Globo

Por que ainda não existe uma vacina contra o HIV?

Os primeiros casos da Aids, doença causada pelo vírus HIV, foram documentados no início da década de 1980, cerca de 40 anos atrás. Desde então, pesquisadores conseguiram fazer uma série de avanços significativos no tratamento da doença, como por exemplo, a adoção do coquetel antirretroviral e os tratamentos de profilaxia pré e pós-exposição, todos eles compostos por uma série de medicamentos.

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Esses tratamentos mudaram o jogo em relação à doença, que, até meados da década de 1990, tinha em seu diagnóstico uma espécie de sentença de morte, e, hoje, permite que as pessoas tenham uma vida saudável e não transmitam o vírus para seus parceiros. Porém, mesmo depois de quatro décadas, ainda não existe uma vacina capaz de treinar o sistema imunológico para evitar a infecção pelo HIV antes que ele se enraíze.

No Brasil, a distribuição dos medicamentos profiláticos e antirretrovirais é bem organizada e acessível para todos que precisam dela. Porém, essa não é a regra em todas as partes do mundo e, mesmo em países ricos, o acesso a esses remédios pode ser difícil em alguns locais. Quando falamos em países com baixo nível de desenvolvimento socioeconômico, o problema é ainda maior, já que, em alguns deles, as taxas de infecção são altas e não existe acesso à medicação.

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Para saber mais, acesse a reportagem completa no Olhar Digital.

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