Em quanto tempo alienígenas conquistariam a Via Láctea? Um estudo respondeu a pergunta

Pesquisadores da Universidade de Penn State estabeleceram um conceito de derrota da Via Láctea, mesmo com restrições tecnológicas
Por Rafael Arbulu, editado por Layse Ventura 16/06/2021 12h17, atualizada em 17/06/2021 10h55
Ilustração em 3D retrata um cenário de invasão alienígena na Terra
Imagem: ImageBank4u/Shutterstock
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Uma das maiores dúvidas da ficção científica pode ter sido respondida em um novo estudo: hipoteticamente, quanto tempo seria necessário para que alienígenas conquistassem a nossa Via Láctea? Não muito, de acordo com pesquisadores da Universidade de Penn State, nos EUA.

A pesquisa estabelece o tempo de “um bilhão de anos” logo no início, porque o mais interessante é a forma como os especialistas conceitualizaram esse cenário: ao invés de seguir a rota de filmes de Hollywood, que indicam que nós seríamos derrotados em dias ou meses, o time liderado pelo astrofísico Jason Wright moldou uma situação mais baseada na realidade atual.

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Imagem mostra uma invasão de alienígenas à Terra, durante conquista da Via Láctea
Um cenário onde alienígenas conquistassem a Via Láctea pode traria elementos mais realistas que os filmes de ficção científica costumam usar, segundo especialistas. Imagem: Tithi Luadthong/Shutterstock

Basicamente, o time impôs restrições tecnológicas aos invasores – talvez a fim de nos dar uma chance de brigar: para começar, esqueça ideias como dobras no espaço tempo ou drives FTL (sigla em inglês para “mais rápido que a luz”) – os extraterrestres teriam a mesma velocidade de navegação que a nossa. Também foi considerado o fato de que algumas civilizações planetárias poderiam morrer pelo tempo, não pela invasão, e as tecnologias disponíveis seriam similares às que temos por mãos humanas.

“Isso significa que nós não estamos falando de uma espécie de expansão mais rápida ou agressiva”, disse Wright. “Consideramos apenas naves que pudessem fazer o que a tecnologia que nós podemos desenhar hoje poderia, talvez, embarcações velozes que usem velas solares alimentadas por lasers gigantes, ou naves de longo trajeto que podem conduzir jornadas de 100 mil anos com foguetes comuns e ‘estilingues gravitacionais’ de planetas maiores”.

A vantagem estabelecida para os ETs seria um “salto” de estrela para estrela. Considerando que estes corpos celestes se movimentam em caráter circular em direção ao centro da galáxia, uma nave invasora poderia, pelo próprio movimento de uma estrela, acessar diferentes pontos da Via Láctea para explorar e dominar.

“As estrelas estão sempre se movendo por aí, então uma vez que você aterrissar em um sistema próximo, a estrela moveria você para outra parte da galáxia, onde novas estrelas passariam por perto e poderiam ‘pescar’ você para outros sistemas”, explicou Wright.

Estimativas astronômicas indicam que a Via Láctea tem pelo menos 100 bilhões de estrelas – com possibilidade desse número aumentar para mais de 200 bilhões se considerarmos o Sol e buracos negros (essencialmente, estrelas mortas). Os cientistas não informaram quanto tempo seria necessário para que os alienígenas navegassem de estrela para estrela, mas a julgar pelo prazo de um bilhão de anos de conquista completa, esse período deve ser relativamente curto.

Mas por que alienígenas tentariam conquistar a nossa galáxia? Isso, o estudo não responde, mas Wright considerou uma analogia interessante. Talvez eles o fizessem pelos mesmos motivos que levam nós, humanos, a discutirmos a colonização de Marte ou da Lua, por exemplo.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.