Pesquisadores do Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR) conduziram um teste que nos mostra como se dá a queima de um satélite quando ele faz a reentrada na atmosfera da Terra, no intuito de avaliar melhores opções de descarte e evitar o acúmulo de lixo espacial.

Dentro de uma câmara especial (chamada “túnel de plasma LK3”), os cientistas observaram o que acontece com o mecanismo de acionamento de painel solar (SADM) – a parte de um satélite responsável por manter os painéis de energia solar apontados para o Sol – quando ele faz a reentrada na atmosfera. O resultado foi a queima total do componente, que chegou a temperaturas de 12 mil graus Fahrenheit (pouco mais de 6.648 graus Celsius).

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Veja a seguir o vídeo:

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Segundo os especialistas, a queima acima foi possível graças à composição do SADM, que usou um alumínio com ponto de derretimento mais baixo. Em outras palavras: o componente começou a se desfazer mais cedo, em uma altitude bem maior do que normal.

O resultado foi considerado positivo pelos cientistas, que entenderam que empregar esse metal – ou compostos similares a ele – poderia fazer com que a queima de um satélite na atmosfera acontecesse mais cedo, evitando que destroços descessem à Terra do espaço, potencialmente atingindo áreas populadas ou colocando pessoas em risco.

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Em uma época onde empresas privadas, como a SpaceX e a Blue Origin, estão ampliando seus trabalhos no lançamento de satélites comerciais à nossa órbita, uma ação como essa certamente seria bem-vinda.

Vale lembrar, por exemplo, que o projeto de internet Starlink, da SpaceX, conta com uma constelação de milhares de minissatélites – hoje, por exemplo, pouco mais de 1,6 mil deles estão lá em cima, com projetos considerando outros lançamentos no futuro.

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