Consumir determinado produto de uma empresa rival pode ser algo estranho, mas totalmente possível no mundo dos negócios. Prova disso é a Apple: considerada uma das principais concorrentes do Google, a companhia da maçã também tornou-se a principal cliente de armazenamento em nuvem da empresa de Sundar Pichai, à medida que sua demanda por guardar dados aumenta.
Em setembro do ano passado, a fabricante de iPhones aumentou a quantidade de armazenamento em nuvem nos servidores do Google em 470 petabytes, alcançando um valor total de oito exabytes. Para efeitos comparativos, um exabyte é mais do que o suficiente para armazenar uma chamada de vídeo com duração de mais de 237 mil anos — o que dá uma dimensão da imensidão de dados da big tech.
Já no mês passado, a Apple anunciou que pretende gastar cerca de US$ 300 milhões nos servidores em nuvem de sua rival neste ano. O valor significa um aumento considerável de 50% em relação ao ano passado e torna a empresa da maçã como a principal cliente do Google neste segmento.
Apesar de o valor parecer exorbitante à primeira vista, o investimento é encarado como um ótimo negócio para a Apple. Isso porque, segundo cálculos feitos em um dos sites do Google, armazenar 8 exabytes custaria algo em torno de US$ 218 milhões por mês (ou US$ 2,6 bilhões ao ano). Perto desse valor, os US$ 300 milhões anuais pagos para os serviços de armazenamento em nuvem do Google são uma verdadeira “pechincha”.
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Se contabilizado apenas o recorte de armazenamentos, a Apple ganha, com sobras, o posto de maior cliente dos serviços cloud do Google. A ByteDance, dona do TikTok, aparece na segunda posição (em torno de 470 petabytes), seguida por Spotify (460 petabytes), Twitter (315 petabytes) e Snapchat (275 petabytes).
Não se sabe ao certo o motivo de a gigante da maçã não investir em um data center próprio, dada sua alta demanda pelo serviço. É possível que “alugar” memória seja financeiramente mais vantajoso ou mesmo que isso não esteja no planejamento da gigante.
Vale lembrar ainda que a Apple também armazena informações nos servidores da Amazon. No entanto, todos os dados são criptografados pela própria companhia, para evitar que as empresas “parceiras” não tenham acesso às informações.
Fonte: GizChina
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