Apenas um pouquinho maior do que a Lua. Esse é o tamanho da menor anã branca já encontrada no espaço. Com um raio aproximado de 2,1 mil km, o remanescente estelar foi descoberto por astrofísicos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e o estudo foi publicado na última quarta-feira (30), na revista científica Nature.
Seu tamanho é incrivelmente próximo ao raio de aproximadamente 1,7 mi km do nosso satélite natural. A maioria das anãs brancas está mais próxima do tamanho da Terra, que tem um raio de cerca de 6,3 mil km.
Sua pequena circunferência indica que essa anã branca também é um dos objetos conhecidos mais massivos de seu tipo, com cerca de 1,3 vezes a massa do Sol. Isso porque as anãs brancas encolhem à medida que ganham massa.
“Essa não é a única característica muito surpreendente dessa anã branca”, disse a astrofísica Ilaria Caiazzo, do Instituo de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em entrevista coletiva online. “Ela também está girando rapidamente.”
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Segundo Caiazzo, a anã branca gira aproximadamente uma vez a cada sete minutos. Além disso, tem um campo magnético poderoso: mais de um bilhão de vezes a força do equivalente na Terra.
Menor anã branca pode ter sido formada pela fusão de outras duas
Caiazzo e seus colegas descobriram o remanescente estelar incomum, apelidado de ZTF J1901 + 1458 e localizado a cerca de 130 anos-luz da Terra, usando o Zwicky Transient Facility no Palomar Observatory, na Califórnia, que procura por objetos no céu que mudam de brilho.
De acordo com a pesquisa, ela, provavelmente, se formou quando duas anãs brancas orbitaram uma a outra e se fundiram, originando uma única anã branca com uma massa extra grande e tamanho extra pequeno.
Essa convergência também teria girado a anã branca e dado a ela seu forte campo magnético. E um detalhe importante: essa anã branca está vivendo no limite. Se fosse mais maciça, não seria capaz de suportar seu próprio peso, o que a faria explodir.
O estudo desses objetos pode ajudar os cientistas a entender os limites do que é possível para essas estrelas mortas, e compreender melhor a evolução estelar
Com informações da Science News
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