Apenas um pouquinho maior do que a Lua. Esse é o tamanho da menor anã branca já encontrada no espaço. Com um raio aproximado de 2,1 mil km, o remanescente estelar foi descoberto por astrofísicos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e o estudo foi publicado na última quarta-feira (30), na revista científica Nature.

Com um raio de cerca de 2,1 mil km, uma anã branca recém-descoberta (à esquerda nessa ilustração) é apenas um pouco maior que a Lua (à direita). Imagem Giuseppe Parisi

Seu tamanho é incrivelmente próximo ao raio de aproximadamente 1,7 mi km do nosso satélite natural. A maioria das anãs brancas está mais próxima do tamanho da Terra, que tem um raio de cerca de 6,3 mil km.

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Sua pequena circunferência indica que essa anã branca também é um dos objetos conhecidos mais massivos de seu tipo, com cerca de 1,3 vezes a massa do Sol. Isso porque as anãs brancas encolhem à medida que ganham massa.

“Essa não é a única característica muito surpreendente dessa anã branca”, disse a astrofísica Ilaria Caiazzo, do Instituo de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em entrevista coletiva online. “Ela também está girando rapidamente.”

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Segundo Caiazzo, a anã branca gira aproximadamente uma vez a cada sete minutos. Além disso, tem um campo magnético poderoso: mais de um bilhão de vezes a força do equivalente na Terra. 

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Menor anã branca pode ter sido formada pela fusão de outras duas

Caiazzo e seus colegas descobriram o remanescente estelar incomum, apelidado de ZTF J1901 + 1458 e localizado a cerca de 130 anos-luz da Terra, usando o Zwicky Transient Facility no Palomar Observatory, na Califórnia, que procura por objetos no céu que mudam de brilho.

De acordo com a pesquisa, ela, provavelmente, se formou quando duas anãs brancas orbitaram uma a outra e se fundiram, originando uma única anã branca com uma massa extra grande e tamanho extra pequeno.

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Convergência entre duas estrelas anãs brancas possivelmente formou a menor da espécie. Imagem: jsalasberry – Shutterstock

Essa convergência também teria girado a anã branca e dado a ela seu forte campo magnético. E um detalhe importante: essa anã branca está vivendo no limite. Se fosse mais maciça, não seria capaz de suportar seu próprio peso, o que a faria explodir. 

O estudo desses objetos pode ajudar os cientistas a entender os limites do que é possível para essas estrelas mortas, e compreender melhor a evolução estelar

Com informações da Science News

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