Um estudo feito em colaboração por pesquisadores da Florida State University, da University of Texas, em Austin, e da University of California, de Los Angeles, descobriu que a durabilidade e satisfação dos cônjuges em casamentos está totalmente ligada às reações na hora da raiva.
Publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a pesquisa indica que as qualidades duradouras dos cônjuges, ou seja, características da personalidade, moldam as interações comportamentais e consequentemente também são responsáveis pelo grau de satisfação dentro do relacionamento.
De acordo com o Medical Xpress, o interesse pelo assunto partiu da observação do aumento nos números de divórcios, principalmente em relacionamentos mais novos e modernos. Nesse sentido, os pesquisadores também identificaram que o grau de satisfação vem junto com o amadurecimento do casamento – atrelado ao amadurecimento das pessoas -, sendo também um indicador para o sucesso da relação: amadurecer.
A equipe acompanhou e analisou 1.104 casais com base no teste Vulnerabilidade-Estresse-Adaptação (VSA). Eles avaliaram seus cônjuges de três maneiras principais: o tanto que eles evitavam o apego, neuroticismo (traços de personalidade em psicologia) e ansiedade do apego. Os casais também precisaram responder questões em relação a como eles se comportavam durante momentos de estresse e o quão dispostos e engajados eles estavam durante os momentos em que era necessária a resolução de problemas.

Os resultados mostraram que casais com alto grau de satisfação e com casamentos mais duradouros possuíam a mesma característica em comum: o comportamento de ambos em momentos de estresse. A forma como um trata o outro em momentos mais tensos, como na hora da raiva, ao que tudo indica é essencial. Para os pesquisadores, o ponto é o principal elo que pode unir ou separar um casal.
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Outro ponto foi o grau de neuroticismo – que os pesquisadores descrevem como exibições de comportamentos negativos – por ambos os cônjuges. Os comportamentos negativos podem levar a um comportamento de oposição – comumente atrelado a crianças – durante momentos de estresse ou resolução de problemas, e isso leva a uma redução de satisfação relacional conforme o tempo, gerando ainda mais conflitos e, por fim, o divórcio.
De acordo com o artigo, essas descobertas indicam que “as qualidades de ambos os membros do casal moldam suas trocas comportamentais. Esses comportamentos explicam como os indivíduos e as qualidades duradouras de seus parceiros predizem a satisfação no relacionamento e, o estresse experimentado por ambos os membros do casal determina fortemente como as qualidades duradouras e o comportamento predizem mudanças na satisfação com o relacionamento ao longo do tempo.”
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