Estudo: mulheres idosas também devem fazer testes genéticos para câncer de mama

Por Tamires Ferreira, editado por Lyncon Pradella 23/07/2021 11h43
mulher idosa deitada com roupa de hospital
Imagem: Shutterstock
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Um estudo realizado por Dr. Fergus Couch, do Mayo Clinic Cancer Center, junto com colaboradores do consórcio Carriers, apontou que mulheres com 65 anos ou mais diagnosticadas com câncer de mama também devem fazer o teste genético da doença para identificar mutações e hereditariedade.

De acordo com o especialista, devido as atuais diretrizes dos exames genéticos para câncer, que identificam variantes patogênicas, as mulheres mais velhas não se qualificam para o teste por se acreditar que elas exibam baixas taxas de mutações genéticas.

No entanto, a pesquisa, publicada no Journal of Clinical Oncology, avaliou 26.707 mulheres com mais de 65 anos – 51,5% com câncer de mama e 48,5% não afetadas – e descobriu que o risco genético da doença estava em 3,2% das que desenvolveram a doença e em 1,48% das que não tinham sinais aparentes do câncer.

médica mostrando exames de câncer de mama
Estudo: mulheres idosas também devem fazer testes genéticos para câncer de mama. Imagem: Shutterstock

Além disso, segundo o Medical Xpress, os pesquisadores também consideraram genes patogênicos de alto risco para câncer de mama, incluindo BRCA1, BRCA2 e PALB2, e constataram que 1,35% das mulheres com câncer de mama exibiam as altas mutações e, que mais de 2,5% das que tinham câncer de mama negativo – quando as células cancerígenas não têm receptores de estrogênio ou progesterona – também tinham alto risco mutações, e independentemente da idade.

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“Como a frequência de mutação de 2,5% é frequentemente usada para acionar o teste genético, esses resultados sugerem que todas as mulheres com câncer de mama negativo para receptor de estrogênio – e talvez todas as mulheres com câncer de mama, incluindo aquelas diagnosticadas com mais de 65 anos – devem receber testes de câncer de mama hereditário “, explicou o Dr. Couch.

O estudo avalia ainda que fazer os testes em mulheres mais idosas e com câncer de mama pode oferecer a elas terapias direcionadas e especificas para as mutações, que podem gerar cânceres de mama secundários. A família da paciente também pode se beneficiar do teste genético, já que vão descobrir qual a taxa de risco para o desenvolvimento de câncer por hereditariedade.

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Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.