A pandemia da Covid-19 afetou o mercado de trabalho em todo o mundo e, no Brasil, não foi diferente. No entanto, com a ascensão da necessidade do home office, alguns serviços despontaram tanto em número de vagas nas empresas quanto nos valores de salários – este último é o caso dos profissionais da área de tecnologia da informação (TI).
As grandes capitais como Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) foram as que apresentaram a maior alta salarial, cerca de 55,5%. O salário base na área de TI, em média, era de R$ 6.020,41 em setembro de 2020 e passou para R$ 9.364,21 em fevereiro deste ano, de acordo com a startup de recrutamento Revelo, responsável por fazer o levantamento.
A startup que atua em toda América Latina aponta, ainda, que a média salarial caiu um pouco em março, passando para R$ 8.353,33. Mesmo com a retração, o cálculo se manteve acima do apurado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) em 2020.
“O mais interessante é que a maioria das posições de TI não requer formação superior. Os cursos de capacitação técnica são suficientes para posicionar os candidatos em uma boa oportunidade”, relata a diretora de marketing e experiência do candidato da Revelo, Juliana Carneiro.
O estudo aponta também que houve um crescimento de 132,5% no número de vagas na área de TI em 2020 quando comparado com 2019.
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Desemprego no Brasil
Como dito, o movimento de aumento no salário dos profissionais de TI vai contra o movimento visto no restante das áreas.
Um relatório do Banco Mundial afirmou que a crise gerada pela pandemia ainda vai afetar por um longo período o salário de trabalhadores do Brasil e da América Latina.
Segundo o documento, os efeitos se arrastarão por pelo menos nove anos e deixarão cicatrizes com o aumento do desemprego, informalidade e também redução de salários.
“No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram impactos de uma crise em termos salariais e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise”, diz o relatório.
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