A disposição dos termos “centro cirúrgico” e “insetos” em uma mesma frase não parece, à primeira vista, algo positivo. No entanto, recentemente cientistas holandeses se inspiraram nas vespas parasitas para o desenvolvimento de um novo equipamento cirúrgico que pode revolucionar a tecnologia utilizada em laparoscopia, uma cirurgia minimamente invasiva. Os instrumentos usados atualmente para esse tipo de operação se valem da sucção para retirada de tecidos, como células cancerosas. Por essa razão, eles correm o risco de entupir. O novo dispositivo, porém, é fundamentado na fricção e pode evitar o problema.
Vespas parasitas usam um longo e fino ferrão para depositar seus ovos em tecidos vivos de outras criaturas, como aranhas, por exemplo. O órgão possui três válvulas na forma de lâminas, que perfuram a epiderme do hospedeiro e transportam as células-ovo por meio da fricção (atrito). Algum tempo depois, os ovos eclodem e as larvas passam a se alimentar do corpo do hospedeiro. Mas de que isso importa para a Medicina?
Através da observação do mecanismo utilizado pelas vespas parasitas na deposição de seus ovos, cientistas da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, decidiram experimentar uma nova tecnologia para aperfeiçoar equipamentos cirúrgicos para intervenções pouco invasivas, como a laparoscopia. Os instrumentos atuais utilizados nesse tipo de cirurgia sugam os tecidos a serem retirados. Contudo, eles contém sérias falhas operacionais: podem entupir ou não chegar a tecidos mais profundos.
O novo equipamento cirúrgico em desenvolvimento pelos holandeses é bem fino, como o ferrão das vespas. Além disso, possui seis lâminas semicilíndricas, que passam por dentro de um pequeno tubo. As células são retiradas por meio do atrito gerado pelos movimentos alternados entre as lâminas. E, devido ao fato de se utilizar da fricção ao invés da sucção, o instrumento não entope e consegue acessar áreas menores.
Segundo a UOL, o novo equipamento que promete revolucionar os centros cirúrgicos já possui um protótipo em andamento e seus desenvolvedores esperam terminá-lo em poucos anos.
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