Uma pesquisa do Centro de Estudos Infantis da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, comprovou que crianças com autismo depositam mais de sua atenção em fantoches, o que pode fortalecer terapias para o desenvolvimento social, além de apoiar a aprendizagem.
“Crianças com autismo são menos propensas a atender e se envolver emocionalmente com seus pais sociais, o que limita sua exposição a uma série de oportunidades e experiências de aprendizagem importantes. No presente estudo, descobrimos que, embora as crianças com autismo prestassem menos atenção do que seus pares com desenvolvimento típico quando um parceiro interativo era humano, sua atenção era amplamente típica quando o parceiro interativo era Violet, a marionete”, disse a coautora do estudo, Katarzyna Chawarska.
Durante a pesquisa, foram feitos diversos testes de atenção visual com crianças que possuem autismo e outras que não carregam o transtorno. Foi possível notar que os dois grupos de criança demonstraram maior interesse quando o fantoche falava.
A figura animada apareceu em um vídeo conversando com uma pessoa comum. Os cientistas usaram então um software rastreador de olhos para observar a atenção das crianças.
O software mostrou que, enquanto a pessoa falava, o grupo com autismo olhava para outros lugares que não o rosto da personagem, como suas mãos, corpo, ou objetos que estivessem em cena. No entanto, quando o fantoche começa a falar, a atenção ficava mantida no rosto do boneco.
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Os pesquisadores acreditam que a descoberta da retenção na atenção das crianças com autismo possibilita novos esforços terapêuticos que busquem estabelecer conexões emocionais e sociais com os pacientes.
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