A Xiaomi anunciou na tarde desta terça-feira (17) os planos de expansão da empresa para o Brasil ainda em 2021. Considerada atualmente como a segunda maior no segmento de smartphones, a marca vai apostar em cinco novas unidades da Xiaomi Store.
As novas lojas serão inauguradas nas cidades de Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), sendo duas delas instaladas na capital fluminense. Os shoppings escolhidos para receber a novidade foram: BarraShopping e ParkJacarepaguá, no Rio de Janeiro; MorumbiShopping, em São Paulo; e o ParkShoppingBarigüi, no Paraná.
A marca também oferecerá uma loja no formato “Store in Store” em parceria com uma grande rede do varejo no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, a partir deste sábado (21).

A inauguração no BarraShopping-RJ está marcada entre os dias 9 e 12 de setembro. Já a unidade de Curitiba será aberta no decorrer de setembro. As demais datas serão divulgadas nas próximas semanas.
A empresa ressalta que, por conta da Covid-19, as lojas vão atender em regime limitado para evitar aglomerações e seguindo os protocolos de segurança da pandemia.
Conquistas da Xiaomi
A notícia da expansão foi apresentada por Luciano Barbosa, head de projetos da marca, e Thiago Araripe, gerente de marketing da Xiaomi Brasil, em uma coletiva de imprensa realizada de forma virtual. Os executivos aproveitaram também a ocasião para ressaltar alguns marcos da empresa desde a sua volta ao país há dois anos e dois meses.

“Trata-se de um período de grandes conquistas para a empresa, que tem como principal objetivo disseminar a experiência Xiaomi com mais brasileiros, seguindo a proposta que sempre adotamos desde a chegada, ou seja, tornar as rotinas das pessoas mais inteligentes e práticas por meio da oferta de soluções inovadoras”, declarou Araripe.
A companhia chinesa anunciou que já acumula mais de 2,6 milhões de seguidores em suas redes sociais em solo nacional.
“Temos utilizado bastante este canal para tomarmos algumas decisões importantes sobre a operação Brasil, já que há muitas particularidades entre os brasileiros quanto ao comportamento de consumo”, ressaltou Araripe.
Barbosa também reforça que a Xiaomi segue focada no setor de varejo no Brasil, no qual a empresa conta com 7 mil pontos de vendas espalhados em todo o território nacional.
A previsão é continuar investindo em novas lojas físicas no futuro. Segundo a marca, todas terão um mix diverso de produtos da fabricante, entre smartphones e gadgets inteligentes, além de “experiências únicas” para os consumidores.
Atualmente, a Xiaomi possui mais de 500 produtos lançados no Brasil, sendo 33 deles smartphones.
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A companhia também destaca que possui uma plataforma de 350 milhões de dispositivos inteligentes (IoT) conectados – o que, segundo ela, é a maior em termos globais.
“Metade da nossa receita é representada pelos produtos inteligentes e o restante pelos smartphones. Na maioria dos países, a proporção mostra a categoria de smartphones como a líder indiscutível. Produtos como Balança, Mi Smart Band e Fones de ouvido costumam figurar constantemente no nosso top 5 em vendas. É um ponto importante para a Xiaomi, pois temos a certeza de que o consumidor brasileiro realmente busca um ecossistema inteligente, alinhado com a proposta global da marca”, acrescentou Barbosa.
Novos dispositivos da Xiaomi no Brasil
Questionado sobre os planos de trazer outros gadgets da marca para o país, Barbosa destaca que a “vontade existe”, contudo, depende de um processo chamado “nacionalização”, por meio do qual em alguns produtos são mais fáceis de serem trazidos do que em outros.
Alguns, por exemplo, demandam apenas ajustes na compatibilidade com uma banda de internet móvel ou a mudança para um adaptador de energia adequado aos padrões nacionais.
Em contrapartida, os produtos de cozinha da Xiaomi, por exemplo, só funcionam em rede elétrica 220V, o que já fica fora do padrão traducionalmente usado na maior parte do Brasil. O mesmo vale para alguns componentes embarcados nas TVs da fabricante, que funcionam em locais como Europa, além da própria China, mas não servem no Brasil.
Araripe acrescentou que acompanha de perto as demandas de consumidores brasileiros para avaliar se, de fato, vale a pena ou não trazer um novo dispositivo da marca para cá, já que um acessório pode ser bem aceito pelos chineses, mas não atrair a atenção do público por aqui.
Sobre lançamentos, a empresa adotou uma nova estratégia que avaliará a demanda do mercado com cuidado, visto que a crise dos chips ainda atinge vários setores da indústria.
Por fim, Barbosa destacou os desafios que a empresa enfrentou no início da pandemia. Um deles foi a instabilidade do dólar em 2020, o que levou a Xiaomi a aumentar o ritmo de importações para girar mais produtos no varejo.
Sobre o contrabando e a importação ilegal de produtos da marca, o executivo afirmou que a ideia é que as lojas atraiam mais consumidores para este formato de venda – mais confiável do que o oferecido no mercado cinza.
Segundo a Canalys, empresa de análises do mercado de tecnologia, a Xiaomi também está expandindo os negócios no exterior. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, a demanda pelos produtos da marca na América Latina cresceu mais de 300%. No Brasil, no mesmo período, o crescimento foi de 370%.
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